ATA DA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 10-02-2010.
Aos dez dias do mês de fevereiro do ano de dois mil
e dez, reuniu-se, no Plenário Ana Terra do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul,
Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João
Pancinha, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro,
Nilo Santos e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias
Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mario
Manfro, Mauro Zacher, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol,
Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. Na ocasião, foram apregoados os seguintes Ofícios: nº 001/10, da
Comissão de Constituição e Justiça, informando a eleição e posse dos vereadores
Pedro Ruas e Reginaldo Pujol como Presidente e Vice-Presidente, respectivamente,
dessa Comissão; nº 001/10, da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e
Juventude, informando a eleição e posse do vereador Mauro Zacher e da vereadora
Sofia Cavedon como Presidente e Vice-Presidenta, respectivamente, dessa Comissão;
nº 001/10, da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança
Urbana, informando a eleição e posse do vereador DJ Cassiá como Presidente
dessa Comissão; nº 001/10, da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL,
informando a eleição e posse do vereador Valter Nagelstein como Presidente
dessa Comissão; nº 003/10, da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, informando a
eleição e posse dos vereadores Aldacir José Oliboni e Beto Moesch como Presidente
e Vice-Presidente, respectivamente, dessa Comissão; e nº 001/10, da Comissão de
Urbanização, Transportes e Habitação, informando a eleição e posse dos
vereadores Elias Vidal e Engenheiro Comassetto como Presidente e
Vice-Presidente, respectivamente, dessa Comissão. Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 118024, 122804 e 122869/10, do Fundo Nacional de Saúde
do Ministério da Saúde. A seguir, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados a Emenda
nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/06 (Processo nº 3695/06) e
o Projeto original. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
do Executivo nº 017/09 (Processo nº 2767/09), por vinte e sete votos SIM e
cinco votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores João Carlos
Nedel, Dr. Raul, Ervino Besson, Paulinho Ruben Berta, Engenheiro Comassetto,
Alceu Brasinha, Waldir Canal, Reginaldo Pujol, Luiz Braz, Sofia Cavedon, Beto
Moesch, Airto Ferronato e Fernanda Melchionna, em votação nominal solicitada
pelo vereador Airto Ferronato, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Alceu
Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá,
Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luiz
Braz, Marcello Chiodo, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulinho
Ruben Berta, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal e Não os vereadores Airto Ferronato,
Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. Na
oportunidade, a vereadora Sofia Cavedon manifestou-se acerca do teor do Projeto
de Lei do Executivo nº 017/09. Em continuidade, o senhor Presidente declarou
encerrada a Ordem do Dia. Após, foi apregoado o Memorando nº 021/10, de autoria
do vereador Nelcir Tessaro, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por
meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do vereador Valter
Nagelstein, no dia de hoje, na cerimônia de posse dos juizes Geraldo Anastácio
Brandeburski, João Vanderlan Rodrigues Vieira e Sérgio Antonio Berni de Brum
nos cargos de Presidente, Vice-Presidente e Corregedor-Geral, respectivamente,
do Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul, às dezesseis
horas, em Porto Alegre. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do
vereador Mauro Zacher, deferido pelo senhor Presidente, solicitando que o
Projeto de Lei do Legislativo nº 050/09 (Processo nº 1439/09) fosse incluído na
Ordem do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica do Município. Ainda, foi
apregoado o Relatório da Comissão Especial destinada a debater e apresentar
sugestões de aprimoramento da legislação municipal relativa aos conselhos
tutelares, instituída por meio do Requerimento nº 044/09 (Processo nº 1512/09).
Em prosseguimento, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado
Requerimento de autoria dos vereadores Alceu Brasinha, Dr. Raul, Elias Vidal, Engenheiro
Comassetto, João Carlos Nedel, João Pancinha, Mario Manfro, Reginaldo Pujol,
Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal, indicando o vereador
Sebastião Melo e a vereadora Maria Celeste para os cargos de Presidente e
Vice-Presidenta, respectivamente, da Escola do Legislativo Julieta Battistioli.
Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei
Complementar do Executivo nos 011/09, discutido pelos vereadores
Reginaldo Pujol, Airto Ferronato e Luciano Marcantônio, 010, 012, 013, 014,
015, 016 e 017/09, discutidos pelos vereadores Reginaldo Pujol e Airto
Ferronato, o Projeto de Lei do Executivo nº 055/09, discutido pelos vereadores
Reginaldo Pujol e Airto Ferronato; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo
nos 051 e 053/09. Na ocasião, foi apregoado Termo de Indicação de
Líder e Vice-Líder, de autoria dos vereadores Pedro Ruas e Engenheiro
Comassetto, comunicando que, a partir do dia de hoje, Suas Excelências passam a
exercer os cargos de Líder e Vice-Líder, respectivamente, da oposição. Também,
por solicitação do vereador Ervino Besson, foi realizado um minuto de silêncio
em homenagem póstuma à senhora Carlinda Mattos, falecida no dia de hoje. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, pronunciou-se o vereador Pedro Ruas.
Ainda, a vereadora Fernanda Melchionna formulou Requerimento verbal,
solicitando a realização de audiência pública sobre alterações propostas à
legislação relativa aos conselhos municipais, tendo o senhor Presidente
determinado que tal Requerimento fosse formalizado por escrito. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Aldacir José Oliboni, João Pancinha,
Dr. Thiago Duarte, Toni Proença, Airto Ferronato, Nilo Santos e João Carlos
Nedel. Na oportunidade, o vereador Aldacir José Oliboni manifestou-se em
relação ao comparecimento do arcebispo dom Dadeus Grings neste Legislativo,
previsto para as quatorze horas e trinta minutos da próxima quarta-feira.
Também, o vereador Pedro Ruas formulou Questão de Ordem referente aos temas a
serem abordados em Comunicação de Líder pelo Governo ou pela oposição. Na
ocasião, foi apregoado o Ofício nº 002/10, da Comissão de Defesa do Consumidor,
Direitos Humanos e Segurança Urbana, informando a eleição e posse do vereador
Adeli Sell como Vice-Presidente dessa Comissão. Também, foi apregoada a Emenda
nº 09, de autoria dos vereadores Beto Moesch e João Antonio Dib, Líder da
Bancada do PP, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 185/09 (Processo nº
3929/09). Durante a Sessão, foram registradas as seguintes presenças neste
Plenário: do deputado estadual Luis Augusto Lara; do vereador Campeão Vargas,
da Câmara Municipal de Guaíba – RS –; e do senhor Luiz Fernando Moraes,
Secretário Municipal de Turismo. Ainda, os vereadores Elias Vidal, Airto
Ferronato e João Pancinha saudaram a presença, neste Plenário, do deputado
estadual Luis Augusto Lara. Às dezesseis horas e cinquenta minutos, nada mais
havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos da
presente Sessão, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária do
dia de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Nelcir Tessaro, Mario Manfro e Mauro Pinheiro e secretariados pelo
vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim
e pelo senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Boa-tarde a todos.
Peço que o Ver. Mauro Pinheiro assuma a
presidência dos trabalhos.
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência
dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Havendo quórum, passamos
à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3695/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
164/06, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Manuela
d’Ávila, que institui homenagem ao povo brasileiro pela grande campanha cívica
em prol do monopólio estatal do petróleo e pela criação da PETROBRAS, denominando
“O Petróleo é nosso” o espaço na Praça da Alfândega onde se encontra a
histórica Torre de Petróleo. Com Emenda nº 01. (Desarquivado
pela Verª Maristela Maffei.)
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Valdir Caetano: pela existência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº
01;
- da CECE.
Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por uma
Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL
nº 164/06, com a Emenda nº 01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
a Emenda nº 01 ao PLL nº 164/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº 164/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2767/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
017/09, que cria o Turismo Aquaviário no Município de Porto
Alegre.
Parecer:
- da CCJ.
Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
- adiada a discussão por uma Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº
017/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
017/09.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
estou encaminhando este Projeto do Executivo, muito importante para o turismo
em Porto Alegre, porque ele cria um marco regulatório do turismo náutico. Nós
temos a nossa grande atração turística, em Porto Alegre: o lago Guaíba. Nós
temos lá várias embarcações, vários passeios turísticos, mas não há uma
regulamentação. Essa regulamentação foi até solicitada pelo próprio Ministério
Público para que fosse dado um ordenamento ao nosso turismo náutico. Então,
este será o marco inicial. Se nós aprovarmos este Projeto, o Prefeito, por
Decreto, regulamentará dando todos os detalhes sobre o turismo aquaviário em
nossa Capital. Nós temos imensas possibilidades, Ver. Pedro Ruas; nós podemos
fazer viagens turísticas pela nossa lagoa dos Patos até Pelotas, até Rio
Grande; nós podemos usar também os nossos rios do Interior, especialmente o
Jacuí e o Taquari, fazendo viagens daqui até Estrela, daqui até Cachoeira,
ocupando as barragens e as eclusas que nós possuímos no rio Jacuí e no rio
Taquari; o anel de Dom Marco, a barragem de Bom Retiro, a barragem de
Amarópolis, muitas desconhecidas do povo gaúcho, e especialmente do povo de
Porto Alegre. Esse, realmente, Ver. Dr. Raul, será um grande marco na nossa
legislação turística de Porto Alegre. Portanto, solicito, como Vereador desta
Casa e como Presidente da Frente Parlamentar do Turismo, Ver. Brasinha, que
aprovem esse marco inicial do nosso turismo aquaviário.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Raul está com
a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
O
SR. DR. RAUL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, venho somar-me às manifestações no sentido da aprovação deste
Projeto, que trará uma melhor qualidade para o nosso turismo aquaviário, e,
especialmente, para as nossas próprias ilhas do Guaíba - onde por tanto tempo
eu trabalhei, e ainda tenho vínculos por lá -, para que possamos qualificar
mais a nossa relação com o rio Guaíba, e com as nossas belezas naturais.
Sabemos que o turismo é uma grande indústria
sem chaminé, portanto, devemos fazer a nossa parte, fazendo com que isso aconteça
em Porto Alegre.
Já temos aprovado pela Casa o nosso Projeto
do Cais do Porto que vai avançar a passos largos, e, com certeza,
transformando-se numa parte integrante e forte, fazendo com que o nosso turismo
também seja alavancado nessa área tão importante.
Conhecemos pessoas das ilhas, que estão
construindo as suas embarcações, que estão à disposição para a ampliação do
nosso turismo aquaviário, e, com isso, oportunizando a criação de empregos
importantes para a nossa sociedade. Isso nos traz uma nova alternativa não só
para Porto Alegre, mas uma alternativa para a nossa bacia hidrográfica, e para
tudo que a cerca.
Então, me solidarizo, como membro da nossa
Frente Parlamentar do Turismo, e quero dizer que estamos todos juntos; queremos
ver, o mais breve possível, o Projeto aprovado, sancionado e acontecendo na
nossa cidade de Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Ervino Besson
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
O
SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham nas galerias e pelo Canal
16, saúdo a todos. Ver. João Carlos Nedel, um trabalho realizado nesta Câmara
por alguns Vereadores que fazem parte da Comissão que trata do turismo de Porto
Alegre, e presidida por V. Exª de forma tão competente, está dando resultados.
Está aqui o Executivo Municipal, mandando
este Projeto que votaremos em instantes, que é de extrema importância para que
as pessoas tenham condições de conhecer os nossos rios, as nossas riquezas, e
que estão tão próximas de Porto Alegre. Portanto, é um Projeto que vai trazer
recursos, vai trazer divisas aqui para a nossa Cidade. Graças a Deus, embora
tardiamente, mas é o início de um trabalho que veio em um momento oportuno para
que as pessoas possam ter condições de conhecer essa beleza que nós temos aqui
próximo a Porto Alegre: o Guaíba, o Jacuí, o rio Taquari, até a lagoa dos Patos
que tem acesso a outras cidades do nosso Rio Grande.
O turismo aquático é muito importante; nós
sabemos que esse turismo em outros municípios traz grandes benefícios para as
cidades. E nós, agora, também vamos retomar isso, o que nós já deveríamos ter
feito há muito tempo.
É um belo Projeto, sabemos que a Câmara também
está fazendo o seu papel junto com o Executivo Municipal. No futuro, as pessoas
poderão conhecer as riquezas que nós temos no Guaíba não só por terra, aqui da
Cidade, mas pelo Guaíba; poderão conhecer suas margens, o Pontal do Estaleiro,
que hoje já tem um outro visual. Quem passa pela Zona Sul não estará vendo só
os matos e os depósitos de lixo nessa área tão nobre que é o Pontal do
Estaleiro, que está aí, hoje, praticamente limpa. Teremos obras para que as
pessoas possam ter condições de, por terra e pela água, conhecer essa beleza
que nós teremos daqui a pouco tempo no Pontal do Estaleiro, no Cais do Porto,
que terá um visual, embelezando a Cidade, e não o que nós vemos hoje ali: um
depósito de navios velhos, bem na entrada da Cidade, o que não traz um bom
olhar para o turismo de Porto Alegre.
Portanto, parabéns ao Executivo Municipal,
parabéns à sua equipe, e também a nós Vereadores, que fizemos a nossa parte.
Como já disse a essa Comissão, que é presidida pelo Ver. João Carlos Nedel,
este Projeto é o início da retomada do turismo em Porto Alegre, via nossas
águas, nosso Guaíba, os rios que temos aqui nas proximidades, porque, sem
dúvida nenhuma, a população poderá desfrutar e conhecer essa riqueza, essa
beleza que nós temos aqui próximo à nossa Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Paulinho Ruben
Berta está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
O
SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, realmente Porto Alegre começa a entrar numa era mais moderna,
começa a ter uma visão mais apurada na busca do turismo em Porto Alegre com uma
atividade, não diria desperdiçada, mas muito mal aproveitada na nossa Cidade.
Quem conhece o lago Guaíba, ou o rio Guaíba
- como queriam chamar -, que não é só no Centro da Cidade, sabe, são centenas e
centenas de ilhas no Guaíba onde podem ser instaladas diversas atividades
turísticas, gerando, dessa forma, emprego e renda; a criatividade dentro do
turismo vai fazer com que a nossa Cidade avance para um futuro bem melhor.
Temos pessoas, Ver. Tarciso, desempregadas, que poderiam estar empregadas ali,
poderiam ter a sua renda ali, sustentando a sua família. Hoje, poucos
porto-alegrenses conhecem as ilhas. Eu convido todos a conhecerem as ilhas, ali
quem vai no sentido do Saco da Alemoa, no sentido da Ilha dos Marinheiros, Ilha
das Flores, no sentido do Jacuí, lá perto do Polo, quem vai para Montenegro, é
lindo. É muito bonito o entorno do nosso Guaíba, as ilhas, têm praias, areia,
criança pode entrar. Tem uma praia, quase perto da praia da Alegria onde uma
criança pode andar quase cinquenta metros para dentro do Guaíba sem perigo
algum. Isso tudo tem de ser aproveitado. Aos finais de semana, quem vai à
segunda ponte, se parar ali, vai ver; eu vi mais de cinquenta lanchas, tudo
lanchas de luxo, pessoas fazendo turismo ali, ancoradas no meio, patrocinando
emprego e renda.
Precisamos trabalhar aquela região. Por isso
a Bancada do PPS vai votar a favor deste Projeto, porque é um Projeto para o
futuro da Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Nelcir Tessaro reassume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09, pela oposição.
O
SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro...
Vereador Nelcir, eu peço a gentileza, pois eu quero falar para os colegas
Vereadores. Como há quatro reuniões...
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Srs. Vereadores, por
gentileza, solicito silêncio, pois há um colega na tribuna.
O
SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Vereador João Carlos Nedel, o senhor que é o
Presidente da Frente Parlamentar que nós compomos aqui nesta Casa em defesa do
Turismo, eu creio que um Projeto de Lei tenha que ter uma incidência sobre a
vida da Cidade; que ajude a organizar a vida da Cidade. O título deste Projeto
é maravilhoso - Cria o Turismo Aquaviário no Município de Porto Alegre -, ou
seja, o turismo na água. Eu queria dialogar com o Líder do Governo, mas ele não
está presente; quem é o Vice, por favor? DJ Cassiá, então é com o senhor. O que
diz o Projeto? O Projeto tem quatro ou cinco linhas: “Fica criado o Turismo
Aquaviário no Município de Porto Alegre”. É o primeiro artigo. “Parágrafo Único
- As atividades do Turismo Aquaviário serão realizadas no lago Guaíba”.
Obviamente que tem de ser no lago Guaíba, não é na barragem da Lomba do Sabão.
“Art. 2º - Compete à Secretaria Municipal de Turismo - SMTUR -, regulamentar
esta lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua publicação”.
Portanto, meu prezado Vice-Líder do Governo, Ver. DJ Cassiá, eu acho que o
Governo deveria retirar este Projeto aqui de pauta e encaminhar para esta Casa
um projeto que incida sobre a atividade do turismo aquático em Porto Alegre. Eu
quero saber, porque para o turismo aquático, nós temos que ter uma política de
marinas na Cidade. Vai ter o incentivo na tributação? Como nós vamos tratar a
indústria náutica da cidade de Porto Alegre? Porque só dizer que cria o turismo
aquaviário... Mas turismo aquaviário a gente não cria, ele já existe por si só.
Vão ali no Clube Jangadeiros, vão ali no Navegantes, vão ali no Grêmio Náutico
União, isso já está criado. Agora, isso tem que ser organizado, tem que ser
dito como isso vai ser feito. Eu falo aqui com muita tranquilidade, porque é um
potencial que nós temos. Eu acho que nós perdemos uma grande oportunidade,
aqui, de aprovar um Projeto que cria o turismo aquaviário, mas temos que dizer
o que nós estamos oferecendo para a Cidade. Vai ter isenção tributária? Não vai
ter isenção tributária? Vai envolver as escolas? Não vai envolver as escolas?
Como é que ficam as Ilhas? Como é que envolve os pescadores com a sua atividade
de pesca e náutica que já existe em cima dessa questão turística? Ele tem que
ser um pouco, quer dizer, tem que ser bem mais ousado do que dizer que “Cria o
Turismo Aquaviário”, e que a responsabilidade é da Secretaria Municipal do
Turismo, e ele vai ser feito no lago Guaíba. Por favor! Onde mais vai ser feito
o turismo aquaviário se não for no lago Guaíba?! Primeiro, isso. Segundo, quem
é o responsável, hoje? Já é a Secretaria de Turismo, com o meu amigo Luiz
Fernando, que lá está, já tem essa responsabilidade e essa incumbência.
Portanto, falo carinhosamente aos Líderes do Governo...
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu
Brasinha.)
O
SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Não estou desqualificando. Ver. Brasinha, eu
quero que o senhor encontre uma qualidade neste Projeto. Para dizer que vai
criar o turismo aquaviário e que é no lago Guaíba, não precisa de lei para
isso! Eu quero uma lei que incida sobre a política do Município. É disso que
nós precisamos. Nós precisamos dizer de que maneira a indústria náutica...
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
O
SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, eu posso dar um aparte ao
Ver. Brasinha, não precisa ficar desqualificando a minha intervenção da
tribuna.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Prossiga, Ver.
Comassetto, por gentileza. O seu tempo está garantido.
O
SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Eu trago, aqui, uma leitura. Nós não somos
contra o turismo aquaviário, mas acho que um Projeto de Lei como este precisa
ter mais potência, nós temos que trabalhar a política, temos que trabalhar a
tributação, temos que dizer...
(Aparte antirregimental do Ver. Haroldo de
Souza.)
O
SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Esta é a leitura crítica que nós fazemos.
Ver. Haroldo de Souza, o senhor que é um homem da comunicação, eu quero que o
senhor vá à imprensa defender este Projeto como um grande projeto de
investimento do turismo na cidade. O que está dito aqui já existe, não traz
nada de novo. É esta a questão que nós precisamos, nós queremos, sim, discutir.
Agora, se o Governo Fogaça for com este Projeto lá no Ministério do Turismo
para conseguir recursos, eles vão dar risada, vão mandar de volta na mesma
hora. É isso que nós não queremos. Ouçam o que diz o Projeto, vou ler de novo:
“Cria o Turismo Aquaviário no Município de Porto Alegre”. Primeiro, ninguém
cria esse turismo; esse turismo já existe. Ele teria que colocar: “incentiva”,
“estrutura”, “regulamenta”, “cria o programa do Turismo Aquaviário”.
Primeiro: o Projeto diz, depois, que “Fica
criado o Turismo Aquaviário...”. Isso já existe! Segundo: que vai ser no lago
Guaíba. Bom, onde mais poderia ser o turismo aquaviário se não no Guaíba? E,
terceiro: diz que compete à Secretaria do Turismo fazer a gestão disso. Bom,
isso tudo já existe.
Concluo, Sr. Presidente, mas o tema é
merecedor de discussão da Cidade para a sua elaboração. Agora, ele tem que ter
profundidade. Aqui tem uma superficialidade que não leva a nada! Nós temos que
ter um projeto que se vincule com a política nacional de turismo, que envolva
as comunidades ribeirinhas, que envolva os pescadores, que diga como iremos
utilizar as margens e a interface do lago Guaíba e assim por diante, ou do rio
Guaíba, como queiram. Obrigado, e um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09,
por transposição de tempo com o Ver. Waldir Canal.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, companheiros da Mesa; futuro Governador, Ver.
Pedro Ruas; eu venho aqui falar um pouquinho sobre este Projeto. O Prefeito
Fogaça gosta de clareza, Ver. Engenheiro Comassetto. V. Exª quer um livro para
ler o Projeto, Vereador? Ou quem sabe V. Exª quer fazer um livro do Guaíba?
Tudo o que vem do Executivo para cá, se passar pelo Ver. Comassetto, não tem fundamento,
não pode ser feito! Quem sabe o Prefeito Fogaça chama o Ver. Comassetto para
ser o homem que aconselhará como se faz um projeto, porque é ele quem sabe tudo
aqui nesta Casa! O Ver. Comassetto só desqualifica. O Prefeito Fogaça usa a
transparência e a clareza, Ver. Haroldo de Souza. Ele está demonstrando isso
com o que está fazendo pelo Guaíba. Só que no Governo deles eles faziam isso
ali na Goethe, quando alagava tudo e o jet-ski
desfilava para cima e para baixo. Esse era o Governo de V. Exª Nada aqui se
pode; tudo é desqualificado. Turismo não pode! Vocês desqualificaram o turismo.
O que vocês trouxeram de turismo para esta Cidade? Só atrapalharam e trancaram
tudo, e ainda querem ter razão aqui? O que é isso? Eu não entendo por que o
cidadão que vem a ser Vereador quer dificultar mais para a Cidade? Em vez de
facilitar, de fazer um projeto claro, fácil de entender, porque nem todo mundo
tem faculdade, Ver. Comassetto. V. Exª é um Vereador que trabalha há tempo, mas
ontem, eu vi V. Exª chamar a atenção de uma colega nossa, advogada, que estava
lá, dizendo que não podia rir. V. Exª também, como engenheiro, não pode estar
rindo de mim.
Quero dizer, Ver. Bernardino, que a Cidade
de Porto Alegre tem que crescer, mas aqui nada se pode fazer. Eu vou apresentar
um projeto para fazer um posto móvel, numa balsa dentro do Guaíba, porque não
pode acontecer o que vem acontecendo com essas lanchas, com esses barcos, esses
jet-skis, botando gasolina e caindo
dentro d’água, Ver. Todeschini. Temos que ter uma balsa que tenha qualidade de
adequar, para esses equipamentos serem abastecidos no Guaíba, para não
colocarem nada dentro d’água.
Eu já pedi o apoio do Ver. Adeli Sell; ele
vai me ajudar, e nós vamos implantar este Projeto, porque nós queremos que
Porto Alegre seja uma referência em turismo. Não podemos regredir, não podemos
voltar para trás. Lá em Dubai, há aquele prédio que é a coisa mais linda do
mundo, com 800 metros de altura! E aqui, para construir 100 metros, estão
fazendo jornalzinho, mostrando aí... Isso é um absurdo!
Eu quero dizer, Ver. Pancinha, que acredito
no Prefeito Fogaça, que vem fazendo muito pela Cidade. O Prefeito Fogaça
trabalha, trabalha com transparência, não faz nada errado; só faz coisas
corretas e certas. Então, votarei sempre ao lado do Prefeito Fogaça.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Waldir Canal está
com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
O
SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu venho
encaminhar o Projeto, e não poderia me furtar de fazê-lo, neste momento, pela
importância de que ele se reveste; ele tem um fundamento, e eu acho que a
justificativa do Prefeito, aqui na mensagem, dá uma ideia do objetivo, do
espírito desta Lei. A necessidade de se criar o turismo aquático aqui em Porto
Alegre se dá devido à lacuna na legislação para esse tipo de turismo em nosso
Município. A própria mensagem fala que já está tramitando um inquérito civil
para resolver os problemas dos barcos que transitam pelo lago Guaíba prestando
serviços, e nós sabemos dos problemas que isso causa não apenas para o turismo
e para o próprio transporte aquático, no que diz respeito a acidentes que
ocorrem seguidamente, a exemplo das cidades do Rio de Janeiro, Manaus, Belém.
Precisamos ter uma atuação municipal. Afora isso, há a importância que a
Bancada do PRB vê no sentido de que isso seja regulamentado para o futuro e
para o presente.
Aprovamos aqui na Casa um Projeto
importante, o do Cais do Porto, e, em complemento, nós temos observado o interesse
privado também nas áreas costeiras ao Guaíba, principalmente as colônias, os
pontos importantes do nosso Município, querendo fazer ali píeres, restaurantes,
atracamento de embarcações. E é importante, na nossa observação, esse início,
esse marco regulatório da Lei Municipal que cria o turismo aquaviário no nosso
Município. E a Bancada do PRB, é óbvio, vai votar favoravelmente ao Projeto.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, os dois pronunciamentos anteriores, o do Ver.
Alceu Brasinha e o da liderança republicana aqui da Casa praticamente
encaminham o meu pronunciamento. Aliás, eu conheci este processo na Comissão de
Justiça e lá dei parecer favorável à sua tramitação, justificando, inclusive, a
necessidade de se regular, aqui no Município de Porto Alegre, uma atividade que
ocorre, como diz a justificativa, há cerca de 30 anos e que se intensificou nos
últimos 15 anos. Eu não observei o fato na ocasião, Ver. Brasinha, pois, se eu
estivesse aqui na hora da discussão, quando era permitido fazer emenda de
Liderança, eu tentaria mudar a expressão “cria” para “institui” - acho que
seria mais adequado -, mas a matéria cumpre a sua finalidade, de qualquer
forma, e é semântico o processo. Criado, fica em condições de, em 90 dias, ser
feita a sua regulamentação.
A crítica de que esse é um projeto simples
que podia até ser apresentado por um Vereador qualquer, e isso se ajustaria,
perde o sentido dentro de uma realidade. Se o Prefeito simplesmente começasse a
regulamentar essa atividade sem a nossa autorização legal, Ver. Tarciso, diriam
que o Prefeito estaria desconsiderando a Câmara Municipal, e, se ele o faz de
forma simples, objetiva, clara e transparente, diriam que isso não precisaria
ser feito, porque já caberia à Secretaria de Turismo cuidar desse fato, e a
matéria não precisaria de autorização legislativa nossa. É aquela história: “Se
correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come”. Acho que é preferível o Governo
pecar pelo excesso de cautela a pecar pela falta de cautela. Cautelosamente,
ele encaminhou a matéria para nós, e certamente ela vai merecer a nossa
aprovação. Os belos pronunciamentos anteriores que encaminham a matéria são
altamente convincentes; eu apenas corroboro essas colocações aleatoriamente
formuladas ao longo deste debate e enfatizo essas circunstâncias.
A harmonia entre os Poderes, a criação de
uma lei, e não de um mero decreto regulamentador, é uma característica positiva
a favor do relacionamento Câmara/Prefeitura Municipal.
Noventa dias serão utilizados agora, Ver.
Bernardino Vendruscolo, pela Secretaria Municipal de Turismo para regulamentar
a matéria, e isso será feito com o respaldo de uma decisão legislativa que
coloca um verdadeiro marco regulatório no processo do aproveitamento do
potencial turístico do nosso Guaíba e da exploração dessa atividade que já vem
sendo largamente realizada em Porto Alegre e que, doravante, se encaminha para
a sua plena regularização. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e
senhores, existem alguns Vereadores que acreditam que este Projeto nem
precisaria ser encaminhado, mas nós somos daquele “time”, Ver. João Dib, que
acredita que, às vezes, um projeto que parece ser muito simples precisa ser
melhor explicado, até para que todos os Vereadores possam conhecer a qualidade
daquilo que nós estamos votando nesta Casa.
Parece muito simples, Ver. Tarciso. Eu já
ouvi dizer que o Prefeito Fogaça nem precisaria mandar para cá o Projeto de
Lei, porque ele poderia, a qualquer instante, criar o turismo aquaviário aqui
em Porto Alegre.
E eu vou, Ver. Beto Moesch, discordar das
pessoas que assim pensam. Vejam só: o Prefeito Fogaça, ao criar, com este
Projeto de Lei, o turismo aquaviário aqui em Porto Alegre, o está restringindo,
na verdade, ao lago Guaíba. “Ah, mas poderia ser em outro lugar?” Poderia,
porque nós poderíamos fazer aí qualquer tipo de construção, até mesmo
artificial, para que pudéssemos ter turismo aquaviário em outras regiões da
Cidade, mas aqui, o Projeto está dizendo, Ver. Beto Moesch, com todas as
letras, que fica criado o turismo aquaviário no lago Guaíba, e diz que a
Secretaria vai ter três meses de prazo para poder regulamentá-lo. Ora, um
Vereador veio aqui e disse que o Projeto deveria ter vindo completo, com todas
as instruções técnicas daquilo que vai ser realizado lá no lago Guaíba em
termos de turismo aquaviário. Ora, eu quero discordar do meu querido amigo
Comassetto, porque, afinal de contas, Comassetto, nem V. Exª nem eu conhecemos
as técnicas do turismo aquaviário. V. Exª veio aqui, e eu também, neste tempo
em que estou aqui discorrendo, e não soubemos dizer nada daquilo que é ligado
ao turismo aquaviário.
Meu querido amigo Ver. João Dib, que é
engenheiro, foi Prefeito desta Cidade e tem um farto conhecimento, eu também o
desafio a vir aqui dizer alguma coisa a respeito das técnicas usadas no turismo
aquaviário.
Então eu acredito que, realmente, só através
de uma regulamentação e de pareceres técnicos é que isto aqui poderia
acontecer. O Prefeito Fogaça deu um prazo de três meses. Não existia, na
verdade, prazo nenhum; agora existe um prazo de três meses, e, dentro desse
prazo, surgem essas regulamentações para que nós e a população tomemos
conhecimento. A regulamentação tem o papel de esmiuçar para aqueles que querem
utilizar, tanto empresários quanto os usuários, os detalhes daquilo que vai ser
empregado e do que nós vamos poder usar.
Então, eu acho que o Projeto está bem, é
importante, sim, ele define áreas e está definindo bem as áreas onde nós vamos
poder ter o turismo aquaviário. Com toda a certeza, nós temos de votar no
Projeto assim como ele veio e esperar para poder, realmente, termos o
conhecimento dessa regulamentação até para que esta Casa e todos nós possamos
conhecer um pouco das técnicas do Turismo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Sofia Cavedon está
com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em primeiro
lugar, eu queria aqui fazer um registro político. Acho muito ruim para a Casa
Legislativa de Porto Alegre que o nível de debate político se resuma, muitas
vezes, ao dito: “Ah, vocês são contra tudo!” Isso não qualifica a nossa Casa
nem a atuação dos Srs. Vereadores. Ouvi aqui uma ou duas falas afirmando que o
meu Líder, Ver. Comassetto, é sempre contra e que esse é o problema dele. Não,
esse não é problema dele; o problema dele é que ele pensa, tem posição e faz o
debate. E dessa maneira, Ver. Brasinha, eu gostaria que, inclusive, as minhas
intervenções, como todas as intervenções dos Vereadores de oposição aqui fossem
consideradas, e não que fosse usado um argumento que estigmatiza, um argumento
rebaixado, um argumento que visa a desqualificar o opositor.
Eu não aceito esse debate, porque ele não é
respeitoso! O debate tem de ser feito no nível das ideias, e não “Tu és isso,
tu és aquilo”, porque nós não fazemos o debate desse jeito! O debate é na
contraposição do argumento.
(Apartes antirregimentais.)
(Manifestação das galerias.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Por favor, por favor, a
Segurança! Eu pediria respeito à Vereadora que está na tribuna. Aqui é a Casa
do Povo, todo o mundo aqui é bem-vindo, mas acho que tem de haver um respeito
recíproco, daqui para lá e de lá para cá, dos dois lados. Se o senhor continuar
a se manifestar, infelizmente vai ficar complicado.
(Manifestação fora do microfone.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Então está. Muito
obrigado. Vereadora, está garantido o seu tempo.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Mario Manfro. Muitas vezes,
eu tenho de explicar à população, pois a população não entende a dinâmica de
nosso plenário. As conversas paralelas são importantes, são necessárias. Somos
muitos cobrados - e muitas vezes é verdade - por quem assiste. E depois, a
gente vai assistir à Sessão e observa que ninguém presta atenção em quem está
na tribuna. Na verdade, nós temos uma dinâmica de plenário importante, há
projetos sendo preparados, discussões sendo realizadas, e sabemos que todos
estão atentos ao que está acontecendo em Plenário.
Eu quero, em nome da Bancada, levantar
algumas ponderações. Este Projeto, de fato, é um aviso à Câmara de Vereadores,
um anúncio do Prefeito; não é uma lei, na verdade. É um anúncio, no qual o
Prefeito diz que, em 90 dias, vai regulamentar o turismo aquaviário em Porto
Alegre. Então, eu não sei, Ver. João Dib - Vereador que tem tanto tempo de
Câmara -, se um Projeto desses deveria ser uma lei, V. Exª, que faz as críticas
pertinentes a leis inócuas. Esse tema possibilita um debate importante entre
nós. Tem um debate na Cidade muito denso sobre a orla do Guaíba; há conflitos
importantes na Cidade. Acho que preocupa, sim, a nossa Bancada o fato de a
regulamentação desse turismo seja só na forma de um decreto e que não venha
para cá, Ver. Paulinho Rubem Berta. Ver. Luiz Braz, nós estamos aqui dando um
cheque em branco; o Projeto, em três linhas, diz que existirá o turismo
aquaviário, e o Governo regulamentará como quiser. Na verdade, o conteúdo real
do Projeto de Lei, Ver. Brasinha, não virá para o Legislativo. Este Projeto tem
uma intenção pura e simples de autorizar: “autorizem-me, que eu vou
regulamentar”.
Todos aqui já disseram que o turismo já
existe, ele funciona, é pouco ainda, é verdade, tem pouquíssimo estímulo.
Então, para que esse projetinho de lei aqui que não diz quase nada? Só para a
Câmara autorizar uma regulamentação que não passará por esta Casa. Então, na
minha avaliação, ele é desrespeitoso com o Legislativo, porque o coração da
regulamentação o Executivo fará sem perguntar ou dar explicação ao Legislativo.
Esse, para mim, é o ponto principal do Projeto de Lei em discussão. Nós não
temos como dar um cheque em branco para este Executivo, porque o que ele tem
feito para a orla não é benéfico.
Encerro, dizendo que há uma polêmica,
inclusive, na classificação do Guaíba, se é rio, se é lago, se é um estuário ou
se é um rio dentro de um lago. Isso é polêmico, isso não está decidido na
cidade de Porto Alegre, e este Projeto de Lei quer consagrar como lago, mas, em
vários aspectos, nós não concordamos com o fato de ele vir a ser considerado
lago. Este parece ser um Projeto inocente, mas não o é; é um cheque em branco
que nós não vamos assinar para este Executivo.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Beto Moesch está
com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09, pelo Governo.
O
SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiro, eu quero fazer uma análise sob o
aspecto formal. Realmente, em princípio, se poderia ter um Projeto mais
detalhado, mas nós termos um Projeto genérico, que demonstra a vontade do
Executivo em, de uma vez por todas, não apenas aceitar, mas, mais do que isso,
estimular, instituir e colaborar com o turismo aquaviário em Porto Alegre, já é
de fundamental importância, porque, há tantos e tantos anos, se defende o
transporte fluvial em Porto Alegre, e, na prática, nada é feito. Nós não temos o
transporte fluvial de passageiros, que, na minha opinião, é tão importante
quanto o metrô e que já foi uma realidade nesta Cidade e em todo o Estado do
Rio Grande do Sul.
Portanto, quando há a demonstração do
Executivo em querer, sim, fomentar o turismo aquaviário em Porto Alegre,
necessitando de uma regulamentação posterior a ser feita pelo próprio Poder
Executivo, nós não podemos ficar fora desse processo e, muito menos, votar
contrariamente a um Projeto desses; ao contrário! É a hora de o Poder Executivo
e de a Câmara de Vereadores, Ver. Oliboni, mostrarem para a Cidade, para o
Estado, para o Brasil e para o mundo que Porto Alegre, sim, tem condições, das
melhores do Brasil, para ter um turismo aquaviário. E é isso que está sendo
demonstrado neste Projeto de Lei, independentemente da qualidade do Projeto.
Claro, temos também que fazer algumas
críticas com relação ao Projeto, que poderia ser melhor estruturado, mas, no
mérito, não há dúvida da importância desse Projeto. E isso, Ver. Valter
Nagelstein, pode, sim, fazer com que fomentemos, de uma vez por todas, o
transporte de passageiros aqui em Porto Alegre. E mais: nas discussões do Cais
Mauá, o que se viu? A importância da manutenção do Porto como transporte de
cargas em Porto Alegre, que cresce a cada ano. Ficou demonstrado que o Porto
fica como um local de ida e vinda de grandes mercadorias. E nós votamos, por
unanimidade, no ano passado, Ver. Mauro Pinheiro, algo também muito importante
que dialoga diretamente com este Projeto de Lei, que é a instituição, no
Calendário Oficial da Cidade, do Salão Náutico do Mercosul, já em terceira
edição - Projeto de nossa autoria que teve apoio unânime desta Casa e do
Executivo. Ou seja, está sendo cada vez mais uma realidade o transporte fluvial
aqui em Porto Alegre. Nós precisamos, através de vários instrumentos - este
aqui é apenas mais um instrumento -, fomentar essa atividade.
Com relação ao fato de que não poderia se
colocar como lago Guaíba, e sim como rio Guaíba, quero dizer que tivemos um
evento aqui nesta Casa, no ano passado: “Guaíba: rio ou lago?” Há uma divisão,
alguns especialistas entendem que é rio; outros, que é lago. Mas foi durante a
gestão do Partido dos Trabalhadores, através do Atlas Ambiental, que se
consolidou que o Guaíba é um lago, e não um rio. Então, Ver. Oliboni,
coerência! Isso já veio com o Atlas Ambiental, que até hoje é considerado a
principal publicação dos 16 anos do Partido dos Trabalhadores; consolidou-se
ali que o Guaíba é um lago, não um rio. Nos financiamentos que a então gestão -
já concluo, Sr. Presidente - conseguiu do Banco Interamericano de
Desenvolvimento, o BID, para obras aqui na Cidade, ficou estipulado que se
chamaria o Guaíba de lago, não mais de rio.
O importante - independentemente de ser rio
ou lago - é que é o Guaíba e que precisa, mais do que nunca, do turismo
aquaviário. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Sofia Cavedon está
com a palavra.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, apenas uma questão de
esclarecimento. A Lei Orgânica, quando se refere ao Guaíba, usa o termo rio. A
pergunta é se este Projeto não tem inorganicidade, porque trata o Guaíba como
lago. O Atlas Ambiental não é legislação, é estudo. A Lei Orgânica chama de rio
Guaíba, quando define como Área de Preservação Permanente, e o Projeto trata
como lago.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereadora, essa é uma
questão de mérito, o Projeto encontra-se em votação, com o Parecer da CCJ pela
inexistência de óbice de natureza jurídica. Então, estamos em votação. É uma
questão de mérito.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra
para encaminhar a votação do PLE nº 017/09 .
O
SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, na minha modesta, muito
modesta apreciação, este Projeto não deveria ser aprovado da forma que está
sendo proposto. E é claro que vou respeitar posições contrárias. Mas temos aqui
apenas e tão somente três artigos óbvios numa redação muito simples que
expressa o óbvio e que, na verdade, não vai representar a grandeza com que se
deve tratar, em Porto Alegre, o turismo aquaviário. Eu acredito que é um
potencial muito grande para ser tratado de forma tão simples! Repito: que me
perdoem aqueles que compreendem de maneira diferente.
O Projeto tem três artigos. (Lê.) “Art. 1º
Fica criado o Turismo Aquaviário no Município de Porto Alegre”. Aliás, não fui
eu quem disse, os Vereadores já disseram: criado o turismo já está, já existem
ações turísticas, um tanto quanto, talvez, individualizadas aqui no nosso Guaíba.
Contínuo (Lê.): “Parágrafo único. As atividades de Turismo Aquaviário serão
realizadas no lago Guaíba”. É óbvio que essa atividade tem como centro o rio
Guaíba! Desde os tempos em que eu estava no Interior do interior, na colônia,
lá no interior do interior de Arvorezinha, a definição de lago é: uma porção de
terra cercada, etc, etc. Não dá para entrarmos nessa de dizer que o rio Guaíba
é lago, porque não é! Não é. Aliás, Porto Alegre assim entende, vejam todas as
manifestações das pessoas com preocupações com o nosso Guaíba. Então que seja
estuário, mas lago não! Não é possível. Essa é a segunda dificuldade que eu
encontro.
Depois (Lê.): “Art. 2º Compete à Secretaria
Municipal de Turismo, SMTUR, regulamentar esta lei no prazo de 90 dias, a
contar da data de sua publicação”. Eu acredito que aqui também temos outra
falha. É muito grande para a cidade de Porto Alegre, é muito caro para Porto
Alegre o turismo também aquaviário. E por que nós vamos aprovar três pequenas
frases e dar toda a competência para a Secretaria de Turismo regulamentar? Um
mínimo de regulamentação precisa passar pela Câmara Municipal de Porto Alegre!
Porque, com isso, estaríamos inseridos nesse processo. Até porque Porto Alegre
tem, sim, um potencial turístico bastante grande, e acho que o Projeto, data maxima venia, é muito acanhado,
pelas dimensões daquilo que estamos aqui definindo. É essa a minha posição.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda
Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/09.
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro;
colegas Vereadoras e Vereadores, público que nos assiste, parece-me que uma
prática do Executivo virou regra. Eu conversava com o nosso Líder, o Ver. Pedro
Ruas, sobre mais esse absurdo que hoje se apresenta na Câmara Municipal.
Na época dos Portais da Cidade, nós já
denunciamos que estávamos votando - evidentemente com nosso voto contrário - um
cheque em branco para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Aliás, um cheque
bem caro, sempre Verª Maristela Maffei! Um cheque de 100 milhões de dólares
para construir os Portais da Cidade, sem nenhum projeto de Portais, porque não
vieram às ruas, não veio qual o projeto de transbordo que será feito pela Prefeitura
Municipal. Parece que essa lógica, Verª Sofia, agora virou regra da Prefeitura
Municipal. Para a Prefeitura, parece que não precisa ter respeito ao
Legislativo e tampouco à Cidade.
E por que, colegas Vereadoras e Vereadores?
Em primeiro lugar, este Projeto, que muitos encaminharam como sendo a salvação
para o transporte hidroviário - eu digo isso aos Vereadores que me ouvem -, tem
três parágrafos. Repito: três parágrafos! Primeiro, parte de uma afirmação
equivocada, qual seja, a de que o nosso Guaíba seria, entre aspas, um lago,
contrariando, como bem lembrou a Verª Sofia, a Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, mas, sobretudo, contrariando na lógica de rebaixar a legislação
que protege os rios. Esse é o debate! Em segundo lugar, coloca que a Secretaria
Municipal de Turismo vai regulamentar a lei no prazo de 90 dias, Ver.
Todeschini! Este Projeto, na verdade, dá plenos poderes ao Executivo Municipal,
para determinar sobre algo que pode trazer grandes impactos à cidade de Porto
Alegre, ao rio da nossa Cidade - impactos ambientais. E não prevê Estudo de
Impacto Ambiental, não prevê uma audiência pública para ouvir a população sobre
aquilo ou aquele que é um dos principais pontos turísticos da nossa Cidade - o
rio Guaíba. É um Projeto que não se digna, inclusive, a possibilitar o
aprofundamento do debate, quando nós, insistentemente, temos debatido sobre a
necessidade de proteção do meio ambiente. Ou os Vereadores e as Vereadoras, que
no início do ano se lamentaram - todos lamentaram - as tragédias que
aconteceram no nosso País, não sabem que isso faz parte, também, de um uso
exacerbado, de um desrespeito à natureza? Não sabem que a semente que nós
plantamos hoje é o que a humanidade vai colher amanhã? Que São Paulo teve
setenta vítimas da chuva por conta do aquecimento global e por conta, também,
como Santa Catarina, da plantação de soja e do desmatamento da Amazônia? Parece
que o rio Guaíba, em Porto Alegre, Ver. Carlos Todeschini, não tem nada a ver
com as questões ambientais! Parece que, para o Projeto do Cais, se pode aterrar
o rio, pode-se ter espigão; como diz o Ver. Haroldo de Souza, pode tudo! E ele
que diga para as futuras gerações que o projeto que levou a humanidade a esse
caos, à possibilidade de aumento da temperatura em três graus, teve o aval
dele; por parte do PSOL e, acredito, de muitos Vereadores e Vereadoras desta
Casa não houve essa concordância.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Airto Ferronato, o PLE nº 017/09.
(Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 27 votos SIM e 05 votos NÃO.
Está encerrada a Ordem do Dia.
Apregoo o Memorando nº 021, do Gabinete da
Presidência, informando que o Ver. Valter Nagelstein representará esta Casa na
cerimônia de posse dos Juizes eleitos da Administração do Tribunal de Justiça
Militar do Rio Grande do Sul.
Apregoo o Requerimento do Ver. Mauro Zacher,
que solicita seja incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, o
Processo nº 1.439/09, PLL nº 050/09.
Apregoo o Relatório Final da Comissão
Especial destinada a debater e apresentar sugestões de aprimoramento da
legislação municipal desta Capital relativa aos Conselhos Tutelares - Processo
nº 1.512/09, Requerimento nº 044/09.
Em votação Requerimento assinado por todos os
Líderes de Bancadas indicando o Ver. Sebastião Melo e a Verª Maria Celeste,
respectivamente, para Presidente e Vice-Presidenta da Escola do Legislativo
Julieta Battistioli. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
(Palmas.)
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com
aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 6052/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
055/09, que institui o Conselho Executivo Municipal de
Administração de Pessoal – COMAP – e revoga o inc. III e o § 3º do art. 1º da
Lei nº 3.607, de 27 de dezembro de 1971.
PROC. Nº 6053/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 010/09, que institui o Conselho Municipal de Justiça
e Segurança – COMJUS –, os Fóruns Regionais de Justiça e Segurança e os
Conselhos Comunitários de Justiça e Segurança – CCJSs – e revoga a Lei
Complementar nº 487, de 14 de janeiro de 2003.
PROC. Nº 6054/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 011/09, que altera o “caput” do art. 5º, o inc. II do
art. 7º e o parágrafo único do art. 15 da Lei Complementar nº 580, de 12 de
novembro de 2007, que cria o Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com
Deficiência de Porto Alegre, estabelecendo a maioria dos membros da sociedade
civil organizada na composição do Conselho e alterando o quórum para aprovação
do Regimento do Conselho.
PROC. Nº 6055/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 012/09, que altera os arts. 2º e 3º da Lei
Complementar nº 455, de 1º de setembro de 2000, que cria o Conselho Municipal
de Alimentação Escolar – CAE –, e dá outras providências, dispondo sobre
composição e competências do CAE.
PROC. Nº 6056/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 013/09, que dispõe sobre o Conselho Municipal do
Patrimônio Histórico e Cultural – COMPAHC – e revoga o inc. VIII e o § 8º do
art. 1º da Lei nº 3.607, de 27 de dezembro de 1971.
PROC. Nº 6057/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 014/09, que altera o art. 2º e inclui arts. 3º e 4º
na Lei Complementar nº 347, de 30 de maio de 1995, que autoriza o Prefeito
Municipal a criar o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – COMDIM –,
atualizando a composição do Conselho e ajustando tecnicamente a disposição dos
artigos dessa Lei Complementar.
PROC. Nº 6058/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 015/09, que institui o Conselho Municipal de
Entorpecentes – COMEN – e revoga a Lei Complementar nº 241, de 4 de janeiro de
1991.
PROC. Nº 6059/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 016/09, que altera dispositivos das Leis Complementares
nos
248, de 23 de janeiro de 1991; 318, de 28 de março de 1994; 370, de 16 de
janeiro de 1996; 399, de 14 de janeiro de 1997; 434, de 1º de dezembro de 1999,
e alterações posteriores; 444, de 30 de março de 2000; 447, de 10 de maio de
2000, alterada pela Lei Complementar nº 587, de 22 de janeiro de 2008; e 585,
de 28 de dezembro de 2007; altera e revoga dispositivos das Leis Complementares
nos
277, de 20 de maio de 1992, alterada pela Lei Complementar nº 287, de 8 de
janeiro de 1993; 325, de 7 de julho de 1994, e alterações posteriores; 340, de
12 de janeiro de 1995; 352 de 8 de agosto de 1995, e alterações posteriores; e
617, de 29 de maio de 2009; e revoga dispositivos das Leis Complementares nos
367, de 8 de janeiro de 1996; e 563, de 30 de janeiro de 2007; adequando a
legislação de Conselhos Municipais às regras gerais estabelecidas para esses
Conselhos.
PROC. Nº 6060/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 017/09, que dispõe sobre normas gerais para os
Conselhos Municipais, nos termos do art. 101 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, e revoga a Lei Complementar nº 267, de 16 de janeiro de 1992, e
legislação sobre Conselhos Municipais.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 5989/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
051/09, que declara de utilidade pública o Grupo Escoteiro
Arno Friedrich.
PROC. Nº 5992/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
053/09, que declara de utilidade pública a Organização
Beneficente Vida Viva.
O
SR. ENGENHEIRO COMASSETTO (Questão de Ordem): Queria comunicar
a V. Exª e a todos os colegas Vereadores que, hoje, nós, as Bancadas do PT, PSB
e PSOL, estamos indicando o Ver. Pedro Ruas para assumir a Liderança de
oposição de agora até o dia 15 de junho. Cumpro o papel de Vice-Líder; depois
faremos o revezamento. Então, queria comunicar à Casa; era uma demanda que
ainda estávamos por anunciar. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apenas solicitamos que
seja formulada por escrito para esta Mesa a nova composição.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, em 1ª Sessão de Pauta, no dia de hoje, temos
cerca de dez Projetos de Lei Complementares do Executivo, todos eles
enfrentando temas que dizem respeito aos Conselhos Municipais: ao Comap, ao
Conselho Municipal de Justiça e Segurança, ao Conselho Municipal de Alimentação
Escolar, ao Conselho Municipal de Patrimônio Histórico-Cultural, ao Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher. Também há o que institui o Conselho Municipal
de Entorpecentes, revogando, inclusive, a Lei Complementar nº 241, de 04 de
janeiro de 1991, e, de resto, o Projeto de Lei do Executivo nº 016/09, que
altera dispositivo de várias Leis: a nº 248, de 23 de janeiro de 1991; a nº
318, de 28 de março de 1994; a nº 370, de 16 de janeiro de 1996; a nº 399, de
14 de janeiro de 1997; a nº 434, de 1º de dezembro de 1999 e suas alterações
posteriores; a nº 444, de 30 de março de 2000; a nº 447, de 10 de maio de 2000,
alterada pela Lei Complementar nº 587, de 22 de janeiro de 2008, e, finalmente,
a nº 585, de 28 de dezembro de 2007. Além disso, altera e revoga dispositivo da
Lei Complementar nº 277, alterada pela Lei nº 287.
Vejam só, mexe em quase toda a estrutura do
Município com relação aos seus Conselhos.
Eu tenho em mãos, porque solicitei à
Diretoria Legislativa para exame, o Projeto de Lei Complementar nº 016, de 22
de dezembro de 2009. São inúmeros projetos, Sr. Presidente, e aproveito esta
oportunidade para me reportar a algo que se conversou hoje na Reunião das
Lideranças, quando pedimos ao Governo que procurasse remeter, no início do ano
Legislativo, a grande maioria dos Projetos que encaminha à Casa para exame e
deliberação e que não permanecesse com os mesmos, enviando-os somente no final
do ano Legislativo. Aqui nós observamos isso com uma certa contradição, porque
inúmeros Projetos que estão na Casa desde 2009 - que são fruto dos estudos
desse grupo conjunto do Executivo e do Legislativo que reexamina essas matérias
- sequer foram, Vereador, para o exame das Comissões. Este Projeto foi
apregoado somente agora, em 2010; esse que mexe nesses vários Conselhos.
De certa maneira, estamos tendo uma resposta
objetiva e positiva do Governo, que nos manda essas matérias que parecem, à
primeira vista, meramente burocráticas, mas que vão merecer um estudo mais
aprofundado de nossa parte, para verificar o que está sendo mexido: por que se
está mexendo na Lei do Comtu? Que tipo de modificação está sendo proposta? O
que está sendo revogado e o que não está sendo? Isso é burocracia? É, mas é
parte da responsabilidade que temos como legisladores.
O
Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte?
O
SR. REGINALDO PUJOL: Ver. Comassetto, V. Exª me honra com um
aparte, V. Exª, que agora é o Vice-Líder da oposição, tendo o Ver. Pedro Ruas
como Líder. Terei muita satisfação em conviver com Vossas Excelências como
Líderes.
O
Sr. Engenheiro Comassetto: Muito obrigado, Ver. Pujol. Quero
cumprimentá-lo e dizer que, com relação a esse estudo que foi feito a respeito
dos Conselhos, Porto Alegre foi uma Cidade pioneira no Brasil em buscar a
participação da sociedade nos temas das políticas públicas. Hoje nós temos,
constituídos e instituídos legalmente, 42 Conselhos. E esse estudo aponta que
mais ou menos 20 deles não funcionam, alguns nem foram instituídos; e há outros
Conselhos, como é o caso, neste momento, do Conselho Municipal das Cidades,
que, por força da política de desenvolvimento urbano, está-se constituindo - os
Municípios têm que constituir. Aqui em Porto Alegre, a nossa Frente Parlamentar
pela Reforma Urbana fez um debate e verificou que há dez Conselhos que tratam
da interface desse tema; então há muito sombreamento também. Portanto, acho que
o estudo é muito bem-vindo, e vamos fazer um belo debate na Cidade.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Até para que a Casa perceba, esses projetos
são singulares e sui generis, porque
são assinados pelo Prefeito Fogaça, que é o primeiro proponente, e, junto com o
Prefeito Fogaça, assina também toda a Mesa Diretora da Câmara Municipal. Estão
aqui as assinaturas do Ver. Sebastião Melo - porque que isso foi encaminhado
ainda no ano que passou -, do Ver. Adeli Sell, do Ver. Toni Proença, do Ver.
Nelcir Tessaro, do Ver. João Carlos Nedel e do Ver. Tarciso Flecha Negra.
No ano passado, eu tive o cuidado de, em
alguns dos Projetos oriundos dessa Comissão, realizar um estudo aprofundado que
me custou algumas horas de sono, inclusive porque avançava durante a noite.
Tratava-se da revogação de várias leis, muitas das quais eu dizia que nós
deveríamos ter cuidado ao enfrentar e acabei subtraindo, porque são leis que
fixavam homenagens a determinados segmentos, ou tinham uma determinada função
política até mesmo, como o que mandava erigir um monumento para as vítimas do
nazifascismo, que tinha sido sancionado pelo Prefeito, ainda que autorizativo,
e que não cabia a nós estarmos nesse momento, pura e simplesmente, revogando,
já que ela teria ou não produzido o seu efeito ao longo do tempo.
Por isso, Sr. Presidente, eu concluo, é o
primeiro dia de Pauta; o segundo dia me ensejará que eu continue discutindo
essa matéria e me comprometo a, na Comissão de Justiça, fazer a devida análise
da repercussão desses vários itens que compõem uma lei só. Era isso, Sr.
Presidente, e obrigado pela sua atenção e por ter me concedido esta
possibilidade no período de discussão preliminar de Pauta.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Ver. Ervino Besson.
O
SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Nesta manhã, faleceu a
Srª Carlinda Mattos, mãe do Deputado Federal Pompeu de Mattos. Solicito a V.
Exª um minuto de silêncio. Ela foi uma grande liderança de Santo Augusto; penso
que cidade de Santo Augusto sofreu uma grande perda. Portanto, nada mais justo
que esta Casa preste essa homenagem à Srª Carlinda Gomes de Mattos.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Será atendido, Vereador.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Retomamos a nossa Sessão.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O
SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente da Casa e da Sessão, Ver.
Nelcir Tessaro; Vereadoras e Vereadores, conforme o relato de poucos minutos
atrás do Ver. Carlos Comassetto, nós fomos eleitos, eu e o Ver. Comassetto,
respectivamente, o Líder e o Vice-Líder do bloco de oposição na Casa. Quero
dizer aos Vereadores e às Vereadoras que esse bloco, que se reuniu hoje,
formado pelo PT, pelo PSOL e pelo PSB, nos dá a honra deste mandato em sistema
de rodízio, Ver. Brasinha, Ver. Luciano Marcantônio, Verª Maria Celeste, Ver.
Comassetto, Ver. Oliboni, Ver. Ervino Besson, minha querida Verª Fernanda
Melchionna, Ver. Toni Proença, para exercer, neste primeiro semestre, a
Liderança da oposição na Casa. E digo mais, meu caro líder do PMDB, Ver. João
Pancinha: já nos conhecem na Casa, e não é de hoje. O que nós temos a oferecer
neste trabalho, Presidente Tessaro, é a lealdade aos princípios que norteiam o
exercício de um bom mandato. O sistema democrático só se aperfeiçoa com
oposição. Nós sabemos o papel de um Vereador, de uma Vereadora e conhecemos as
nossas prerrogativas e obrigações na oposição da Casa. Quero dizer que nada nos
move de pessoal ou de sentimentos menores em relação à titularidade do
Executivo Municipal ou a qualquer dos Partidos que compõem a sua base aliada.
Pelo contrário, temos vários amigos de muitos anos nesses Partidos, diversos
amigos, e vários amigos recentes também, dos mesmos Partidos.
Repito que o nosso trabalho de oposição será
sério, será uma fiscalização dura, é verdade, é a nossa linha, a nossa forma,
mas, Ver. João Pancinha, nós somos combatentes que têm a espada limpa. Nós
trataremos as questões do Município com toda a transparência e a seriedade que
elas merecem. Repito o conceito de espada limpa, porque nós combatemos, sim,
mas não na sombra; nós combatemos à luz do sol. Nós combatemos de frente,
acreditamos no que fazemos, dialogamos e podemos até mudar posição ante melhor
argumento. A nossa linha é uma linha de construção propositiva. Nós tivemos,
durante o ano passado, a liderança da Verª Maria Celeste na oposição. E isso
nos deu muito orgulho, Verª Celeste. Fizemos um trabalho com V. Exª - e falo
por mim e pela Verª Fernanda, falo pelo PSOL -, com que aprendemos e crescemos.
E temos a pretensão de fazer um trabalho como o que V. Exª fez. Queremos fazer
a nossa parte no que tange ao papel da oposição na cidade de Porto Alegre.
Sabemos que há circunstâncias diversas que, muitas vezes, nos dificultam o
diálogo, mas queremos dizer, desde logo, que começamos, neste exato minuto, um
trabalho de conversação séria, honesta, importante em relação a todos os
Projetos que tramitam na Casa e às ações do Executivo.
Não deixaremos, Verª Fernanda, jamais de ser
a oposição da Casa, mas não somos, Ver. Pancinha, oposição por oposição; somos
oposição, porque assim a Cidade, o povo de Porto Alegre decidiu e nos colocou
nessa condição, Ver. Proença, nesta Casa. É decisão do povo de Porto Alegre;
portanto, é soberana. Aqui queremos fazer o trabalho que já fazemos, mas com a
responsabilidade, agora, redobrada, porque sabemos do papel histórico que já
desempenhou e desempenha o PT, que desempenham o PSOL, o PSB e temos uma
conversa séria com o PCdoB, Ver. Proença, nesse sentido. Falei PCdoB.
Evidentemente que não nos furtamos de dialogar com o PPS.
Efetivamente, para nós, é uma
responsabilidade, mas uma grande honra. Nada nos faz temer o exercício dessas
funções, a não ser o fato de que temos como paradigma anterior uma brilhante
Líder de oposição, que foi Maria Celeste, e o futuro, que nós queremos deixar para
o segundo semestre de 2010, com um trabalho concreto, realizado, efetivamente,
nesta Casa, que mostre que a oposição é que aperfeiçoa o trabalho em benefício
do povo de Porto Alegre, no sentido de que não desmerece o trabalho da
situação, mas a duas se complementam naquilo que realmente interessa à nossa
população.
Agradeço, Sr. Presidente, particularmente,
os cumprimentos que recebi. Em meu nome e em nome do Ver. Comassetto e, tenho
certeza, em nome dos Vereadores e Vereadoras do nosso bloco, nós nos colocamos
à disposição e vamos ao trabalho. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver.
Airto Ferronato está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, eu também, inicialmente, quero fazer um registro, cumprimentando o
trabalho da Verª Maria Celeste, quando da liderança da oposição e também
desejando pleno êxito ao nosso Ver. Pedro Ruas, que agora assume essa função.
Eu quero dizer que, na Sessão de hoje, nós
temos diversos Projetos na Pauta, todos eles se dirigem a modificações e a
algumas revogações nos Conselhos Municipais, todos os Projetos que nós temos
aqui. Nós temos Conselho Municipal de Administração de Pessoal, Conselho
Municipal de Justiça e Segurança, Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas
com Deficiência, Conselho de Alimentação Escolar, Conselho do Patrimônio
Histórico, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Conselho Municipal de
Entorpecentes, e o último Projeto trata de modificações em todos os Conselhos.
Meu caro Presidente, eu acredito que são
matérias bastante importantes para a Cidade essas modificações nos Conselhos.
Como ninguém está me ouvindo, ninguém está me ouvindo, eu quero registrar que
as matérias são importantes; eu acredito que nós vamos nos debruçar sobre elas,
todos nós. Agora, meu Presidente, eu acredito que aqui cabe uma série até de
audiências públicas ou, no mínimo, reuniões com esses membros que formam os
Conselhos, para não acontecer o que sempre acontece. Chega no dia da votação,
nós temos manifestações de Conselheiros pró e contra, nós temos manifestações
da sociedade pró e contra. Acho que dá para, aqui na Câmara, construir uma
unanimidade nessas votações, porque, na verdade, elas vão tratar da própria
vida da Cidade no que diz respeito à movimentação e à manifestação popular na
Administração Pública. Se estamos modificando uma série de questões de quase
todos os Conselhos - não sei se todos, mas quase todos -, eu acredito que é
importante que haja, aqui na Câmara, uma série de reuniões com os Conselheiros
e com a comunidade que aqui queira vir, para que se discuta isso, se apresentem
as emendas, e que essas emendas sejam costuradas, para que não haja apenas e
tão somente disputas políticas e partidárias, e não disputas pela Cidade de
Porto Alegre.
A
Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Airto, quero parabenizá-lo pela sugestão, porque será
fundamental, para estabelecer, de fato, um processo democrático, uma discussão
dos Conselhos com os próprios Conselheiros, sobre as alterações, as
dificuldades. E eu queria adendar, inclusive, como preocupação, a própria composição.
Como pode o Conselho Municipal do Transporte Urbano ter uma maioria governista
e, ano após ano, aprovar aumentos abusivos, acima da inflação, como tem
acontecido? São reflexões que, certamente, num processo democrático, ajudaria
os Conselheiros e, sobretudo, a cidade de Porto Alegre.
O
SR. AIRTO FERRONATO: Eu agradeço a manifestação, e o Conselho
Municipal de Justiça e Segurança, que é o primeiro que nós temos aí, também tem
este tipo de questão. Acho que, se nós fizermos uma discussão ampla com a cidade
de Porto Alegre - sabemos que os Conselheiros não contra isso, são amplamente
favoráveis -, nós podemos construir uma espécie de unanimidade, para que todos
votem a favor daquilo que pensa a cidade de Porto Alegre.
O
Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Apenas aproveito para registrar também, assim como fez a Verª Fernanda
Melchionna, a importância da fiscalização que V. Exª Exerce, desde logo, em
relação ao Projeto. É possível a construção do consenso que V. Exª propõe, é
possível! Não são as condições formais que estão no papel neste momento que
proporcionam isso, mas é a observação arguta de V. Exª, na tribuna, que nos
possibilita uma discussão de melhoria e, talvez, a condição de se chegar a esse
consenso. Parabéns, Vereador!
O
SR. AIRTO FERRONATO: Agradeço a sua manifestação, porque eu tenho
uma posição clara sobre isso. Os Conselhos representam também a Cidade junto a
esses temas que são majestosos para a Cidade e que, por isso, requerem
Conselhos. E, se nós começarmos, de um lado ou de outro, a apresentar emendas a
partir do que se ouve de um ou de outro, fatalmente vamos trazer para cá
questões antagônicas que vão contribuir muito pouco para a Cidade. Se nós
ouvirmos as comunidades e os representantes desses Conselhos, será possível uma
discussão preliminar bastante alargada, e, com isso, se tragam para a votação
propostas que sejam propostas da cidade de Porto Alegre. Era isso.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Encaminhando já a
discussão que fizemos agora, eu queria solicitar à Presidência o agendamento de
uma audiência pública sobre o tema.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereadora, depois, por
gentileza, V. Exª poderia formular por escrito o pedido? (Pausa.) Já está registrado.
O Ver. Aldacir José Oliboni está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro;
colegas Vereadores, Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de
hoje, eu queria, com certeza, referendar aqui o que o nobre colega Ver. Pedro
Ruas falou, Verª Fernanda, sobre o nosso bloco de oposição, que é da natureza
dos fatos, pode ser percebida diariamente a posição do PT, do PSOL, do PSB, e
convidamos, Ver. Pedro Ruas, outros companheiros Vereadores, camaradas, a
integrar o bloco da oposição.
Muitas vezes, nós percebemos que certas
coisas que nós encaminhamos não dão resultado, porque a grande maioria está com
o bloco governista. E o fato de o bloco de oposição não ter 12 Vereadores às
vezes impede que se instale uma CPI tão importante como é esta que hoje nós
tentamos implementar. Percebe-se, visualiza-se concretamente, depois das
informações da Polícia Federal, que abriu inquérito, que, de fato, há desvio de
recursos públicos, e nós não conseguimos implementar a CPI exatamente porque
não temos 12 Vereadores. Eu creio que aquilo que o cidadão há pouco disse aqui,
no plenário, na sua indignação, às vezes tem que ser reproduzido: o voto é o
resultado. O que o cidadão que se rebelou disse aqui, que a ferramenta dele é o
voto, é oportuno num momento como esse. A oposição, independentemente de quem
seja o Governo, deve ter, no mínimo, 12 ou 13 Vereadores, para que possa
implementar uma investigação como essa que se exigia agora na Saúde, sobre a
OSCIP Sollus, que cometeu essas irregularidades. As nossas denúncias
acontecerão diariamente, porque elas, de fato, são atribuições do Vereador.
Eu queria também relatar aqui, Ver. Nilo
Santos, uma coisa muito importante para nós, petistas, que está acontecendo
hoje em Porto Alegre. Através da nossa convenção, o nosso companheiro Tarso
Genro está chegando ao aeroporto e assumirá definitivamente a pré-campanha
interna no Partido dos Trabalhadores, dialogando com os diversos Partidos, para
poder, então, dizer que o PT não só concorrerá ao Governo do Estado, mas, mais
do que isso, ele está abrindo o diálogo com os demais Partidos para demonstrar
claramente que o PT não quer só ir sozinho, o PT quer abrir o leque de
alianças, quer discutir com os demais Partidos um Governo capaz de dar ao Rio
Grande do Sul condições de governabilidade e de inserção, um Governo que mereça
os seus gaúchos. E percebemos que o atual Governo não contemplou o povo do Rio
Grande. Não só não contemplou, como aconteceram inúmeras barbaridades, dentre
as quais a CPI que anunciou e confirmou o desvio de recursos públicos do
Detran.
Portanto, nós queremos, sim, fazer um
processo de diálogo, criar espaços para uma ampla aliança e, mais do que isso,
dizer que o nosso candidato está se licenciando muito antes do prazo
determinado, que, pela lei eleitoral, seria em abril. Conclamamos os demais
candidatos a também se licenciarem, para poder haver isenção. Muitos nos
acusaram, sendo Tarso Genro o Ministro da Justiça, querendo dizer que teria a
mão dele em algumas investigações da Polícia Federal. Nada a ver com isso, é um
encargo institucional. A Polícia Federal sempre fez, e é a sua atribuição.
Neste momento tão importante para a nossa Cidade, para o nosso Estado e para o
nosso País é fundamental termos instituições com credibilidade como é a Polícia
Federal, que tem pego muitos sacanas em todo o Rio Grande e em todo o Brasil
com as operações que tem feito.
E nós, Vereadores, que temos um cargo
político, um cargo no Legislativo, temos que preservar e apoiar as
investigações que as instituições federais estão fazendo, sejam elas através do
Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas ou
através da Polícia Federal, que está fazendo um excelente trabalho. Não é por
acaso que hoje é uma das instituições que têm maior credibilidade junto à
população. E, nesse aspecto, com certeza, nós devemos apoiar.
Então, nobre Presidente, nós queremos
registrar que o PT começa o diálogo com toda a população de Porto Alegre, com
seus diversos segmentos, entidades, empresas e também com os demais Partidos,
para poder dizer por que o PT está vindo com um candidato forte, um
pré-candidato. Internamente, hoje, estaremos comemorando os 30 anos do PT, e
todos os companheiros e companheiras, como percebemos, foram convidados.
Estaremos dando início a essa caminhada em prol de um trabalho responsável e
consistente, mas jamais compactuando com irregularidades. Portanto,
continuaremos aqui denunciando, como também fará o bloco de oposição desta
Casa, composto pelo PT, pelo PSB e pelo PSOL, conforme falou aqui o nosso Líder
da oposição, o Ver. Pedro Ruas. É isso o que nós queremos reafirmar e
consolidar na cidade de Porto Alegre e no Estado do Rio Grande do Sul. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Pancinha está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO PANCINHA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste pelo Canal 16 e Rádio
Web, quero me manifestar aqui, primeiramente, saudando a escolha do nobre Ver.
Pedro Ruas e do nobre Ver. Comassetto como Líderes da oposição nesta Casa. Fico
muito feliz em ter escutado o seu pronunciamento, Ver. Pedro Ruas, porque vem
justamente ao encontro do que eu prego desde o inicio do ano passado, quando
aqui cheguei. E V. Exª usou alguns termos que eu costumo usar: a oposição é
extremamente necessária no processo democrático. Não podemos abrir mão da
oposição no processo democrático. Mas ela tem que ser construtiva, propositiva,
como eu tenho certeza que V. Exª fará e como foi feito, inclusive, no ano
passado, com a nobre Verª Maria Celeste e com a Verª Fernanda, que era a
Vice-Líder. Quero dizer que não falo em nome da Liderança de Governo, porque
não o sou; falo em nome do PMDB. O PMDB estará sempre de portas abertas para
negociar, para construir. Obviamente não estaremos juntos sempre, mas o
processo construtivo vai ser feito. As portas estão abertas, e a ideia é
justamente de - nem que percamos tempo aqui, aparentemente estaremos perdendo,
mas estamos ganhando - trabalharmos, Ver. Nilo Santos, para o bem de Porto
Alegre. Então, eu saúdo o seu pronunciamento, a sua escolha; tenho certeza de
que teremos um ano muito produtivo em relação ao democrático desta Casa.
Quero também fazer uma referência rápida ao
que o Ver. Oliboni comentou, lançando o candidato Tarso Genro, dizendo que ele
se desonerou do cargo de Ministro muito antes do prazo necessário ou estipulado
por lei. Mas eu quero dizer que ele poderia ter saído muito antes, porque ele
está em campanha há muito tempo. O Ministro Tarso Genro está saindo hoje, mas
poderia ter saído já no ano passado do Ministério, porque há mais de um ano
está em campanha. Então, ele não saiu antes do tempo. Ele começou muito antes do
tempo!
O Fogaça é um pré-candidato, colocou o seu
nome à disposição do Partido. E quero lembrar também a V. Exª que o Ministro
Tarso Genro vai conversar com as bases para agregar Partidos. Ele deveria
conversar com a Ministra Dilma, para que ela colocasse o que pensa a respeito
do Prefeito Fogaça. Vejam a batalha da Ministra Dilma para ter o Prefeito
Fogaça, que quer candidato próprio do PMDB à Presidência da República. Ela
coloca sistematicamente a importância do Prefeito Fogaça no seu palanque. Então,
que o Ministro Tarso Genro converse com a Ministra Dilma e que a Ministra Dilma
ou o Ministro Tarso converse com a Bancada do PT, para que possamos continuar
este ano legislativo dentro de uma normalidade, com discursos razoáveis e
coerentes.
Para concluir, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, nós estamos chegando ao período de carnaval. E V. Exas
sabem que eu tenho um Projeto de Lei que foi aprovado e sancionado pelo
Prefeito, estimulando a doação de medula, a doação de órgãos e doação de
sangue. O Ver. Oliboni também trabalha nesse sentido. Sabemos que esse período
de carnaval é propício, apresenta situações que necessitam um incremento na
doação de sangue, e os bancos de sangue estão fazendo apelos, porque os
estoques estão muito reduzidos. Nesse sentido quero concluir, Sr. Presidente,
fazendo um apelo aos Srs. Vereadores e também ao público que nos assiste para
que estimulem, nos dias que antecedem o carnaval, principalmente a doação de
sangue, porque o estoque de sangue nos bancos de sangue estão reduzidíssimo.
Esse período é propício, pois apresenta situações que agravam a necessidade de
sangue. Faço um apelo para que todos nós, dentro dos nossos mailings, por exemplo, façamos uma
campanha incentivando a doação de sangue. Muito obrigado pela atenção. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, ilustres colegas, subo
hoje à tribuna para fazer um agradecimento e uma reflexão. Quero agradecer aos
Vereadores Ervino Besson, Luciano Marcantônio, Tarciso Flecha Negra, Bernardino
Vendruscolo, Dr. Raul, Haroldo de Souza, João Pancinha, Beto Moesch, João
Carlos Nedel, Elias Vidal, Paulinho Rubem Berta, Toni Proença, Airto Ferronato,
Luiz Braz, Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Mauro Pinheiro e Alceu Brasinha e às
Vereadoras Maria Celeste e Sofia Cavedon, pois estes vinte e um Vereadores
tornaram possível meu modesto primeiro Projeto de Lei, que foi sancionado pelo
Prefeito e que vai melhorar e muito a saúde básica da Cidade, principalmente no
que se refere ao PSF. A ideia, humildemente, pode ter partido deste Vereador,
mas certamente o conjunto destes vinte e um colegas tornou possível o Projeto,
que prevê a criação do terceiro turno no PSF de Porto Alegre, que se resume no
atendimento das 17h às 21h nessas unidades de saúde.
A iniciativa prevê, inicialmente, que oito
PSFs na Cidade sejam contemplados, de forma equilibrada e igual, um em cada uma
das oito regiões da Cidade: um na Região Centro, um na Região Leste/Nordeste,
um na Região Noroeste - Humaitá, Navegantes e Ilhas -, uma na Região
Partenon/Lomba do Pinheiro, um na Região Sul/Centro-Sul, um na Região
Glória/Cruzeiro/Cristal, um na Região Norte/Eixo Baltazar e um, felizmente, na
Região da Restinga/Extremo Sul. O horário será das 17h às 21h. Isso
possibilitará que os equipamentos públicos sejam utilizados de uma melhor
forma; ou seja, em locais onde há viabilidade de uma equipe dupla, que possa
ser utilizada uma equipe de manhã e à tarde; a outra, no turno da tarde e da
noite, possibilitando o intercalar dessas equipes na Unidade, fazendo com que a
outra equipe trabalhe efetivamente no local onde é o objetivo do PSF, que é na
casa, prevenindo a doença, trabalhando efetivamente com saúde. Hoje, muitas
vezes, trabalhamos com a lógica equivocada, trabalha-se com o tratamento, com a
doença; temos que trabalhar com a prevenção da doença, ou seja, na promoção à
saúde.
Quero agradecer aqui, através da Câmara, ao
Prefeito Municipal José Fogaça, sei que ele encontrou muitas resistências a
esse processo, inclusive na Administração, mas efetivamente teve coragem, e os
Vereadores desta Casa também tiveram na proposição e principalmente na
construção da votação que esta Casa Legislativa fez em cima do Projeto.
Gostaria ainda de ressaltar duas situações:
a primeira é da programação das atividades da nossa Frente Parlamentar
Antidrogas, que se dará numa reunião. Convido o público de casa, as
associações, as entidades que puderem se fazer presentes: a reunião ocorrerá no
dia 12 de março, nesta Casa, às 10h. E faço uma solicitação especial ao
Presidente - certamente o Dr. Raul vai ser partícipe nisso: que possamos
discutir e conversar a questão da vacinação, que, logo ali em março, se avizinha;
solicito principalmente aos servidores desta Casa que trabalham muito com o
público, em relação à vacina do vírus Influenza e da gripe A: que possamos
fazer esta vacinação aqui na Casa. Certamente, o Presidente é sensível a isso.
Agradeço. Muito obrigado pela audiência.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. José Aldacir
Oliboni está com a palavra.
O
SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Sr. Presidente, queria especialmente
agradecer a pronta disposição da Mesa Diretora em ter autorizado o
comparecimento, na próxima quarta-feira, do Arcebispo Dom Dadeus Grings. Ele
estará nesta Casa - portanto, é importante que todos os Vereadores estejam aqui
- às 14h30min para falar sobre a Campanha da Fraternidade, que traz neste ano
um tema muito sugestivo: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. Eu acho
que é muito importante nós estarmos aqui ouvindo o Arcebispo e as recomendações
da Igreja com relação à Campanha da Fraternidade. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Está feito o registro,
Ver. Oliboni.
O Ver. Toni Proença está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O
SR. TONI PROENÇA: Muito obrigado, Sr. Presidente, Ver. Nelcir
Tessaro; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, eu quero, em nome da Bancada do PPS, desejar sucesso e cumprimentar
o Ver. Pedro Ruas, que hoje foi indicado Líder da oposição nesta Casa, junto
como Ver. Comassetto, Vice-Líder da oposição, que tem a árdua e difícil tarefa
de substituir à altura a Verª Maria Celeste, que foi uma Líder dura, é verdade,
mas de muita sensibilidade. Como diria o poeta: “Foi o mel sobre pedras”, uma
oposição firme, mas leal e de muita transparência. Vossa Excelência também tem
essa marca, tenho certeza de que teremos debates acalorados, sempre na defesa
da melhor política pública para os porto-alegrenses.
Eu tinha uma preocupação - e manifestei
aqui, lá no tempo da Comissão Representativa - no sentido de que não nos
perdêssemos muito em debates eleitorais, já que teremos uma eleição em 2010.
Nós temos, como uma Casa política, que nos envolver, mas que houvesse debates
propositivos e, principalmente, voltados ao maior interesse da Cidade e da
cidadania de Porto Alegre.
Quero dizer que estou ficando feliz por ver
que está se afunilando, na eleição presidencial, o apoio à Ministra Dilma. Eu
até queria sugerir, humildemente, que construíssemos um palanque para a
Ministra Dilma, para ela não ter nenhum constrangimento em subir no palanque
desse ou daquele.
(Aparte antirregimental.)
O
SR. TONI PROENÇA: Então, está aqui o Ver. Brasinha oferecendo,
inclusive, a infraestrutura necessária.
Nessa linha, também quero lembrar que me
satisfaz muito a pluralidade das candidaturas que estão se apresentando no Rio
Grande do Sul, são todas candidaturas, tenho certeza, que têm condições de
gerir bem o Estado e encaminhá-lo para um novo patamar de desenvolvimento, com
inclusão social, que é o resultado da sustentabilidade.
Temos o Ver. Pedro Ruas, agora Líder da
oposição, que é um belíssimo candidato ao Governo do Estado. Se eu estivesse militando
numa outra causa, certamente teria aqui o meu entusiasmo e o meu apoio. Mesmo
assim, tem o meu voto de sucesso. Temos o Ministro Tarso, que lança a sua
candidatura na chegada, hoje, ao Aeroporto, abandonando o Ministério. Temos o
Prefeito Fogaça, que se encaminha para a candidatura. E temos a Frente Ampla,
que hoje discute a possibilidade do lançamento do Deputado Lara ou do Deputado
Beto Albuquerque, com o apoio do PP, PPS e demais Partidos; está-se discutindo
a possibilidade e a viabilidade dessa Frente Ampla. Ainda temos a candidatura
da Governadora Yeda, que vai pleitear a reeleição.
Portanto, teremos uma eleição de muita
qualidade, de muita proposição e de bons projetos, e o Rio Grande saberá
colher, seja quem for o eleito, para elevar ao patamar de desenvolvimento e
recolocar o Rio Grande no desenvolvimento e na sua posição que sempre esteve.
Nós já fomos o 2º PIB do Estado, hoje somos o 10º. Nós temos de discutir com
profundidade a nossa matriz econômica, o nosso modelo econômico, que é baseado
hoje na agricultura e que depende do clima, e o clima não tem nos favorecido
muito. Temos que - conforme fizemos em Porto Alegre, Ver. Aldacir Oliboni, na
Administração do PT, depois deu sequência o Prefeito Fogaça - regionalizar,
territorializar o orçamento público e as políticas públicas, para desenvolver o
Estado igualmente.
Nesse sentido, chego ao elogio que quero
fazer ao Presidente Nelcir Tessaro, que propôs as reuniões itinerantes da
Câmara Municipal nas 17 Regiões do Orçamento Participativo, para que este
Legislativo possa se aproximar mais ainda da população, para que possa ouvir as
suas reivindicações e, junto, fiscalizar e fazer proposições para as políticas
públicas e para o Executivo Municipal. Nós temos 17 Regiões do Orçamento
Participativo, e essa iniciativa - como bem dizia o Presidente Sebastião Melo,
nosso Presidente até dezembro do ano passado - mostra que não são excludentes a
democracia participativa e a democracia representativa, que têm na Câmara
Municipal a sua principal função. Portanto, quero saudar sua iniciativa, Ver.
Nelcir Tessaro, e dizer que ela terá, da Bancada do PPS, o nosso entusiasmo, o
nosso apoio e a nossa participação integral. Muito obrigado a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Airto Ferronato
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, volto à tribuna - agora no período de Liderança -
para expressar uma posição que tenho com relação à questão Porto Alegre, a
capital do Estado do Rio Grande do Sul, a Capital do Estado gaúcho. Na verdade,
nós tivemos, meu caro Ver. Toni,
caro Ver. Pedro Ruas, em Porto Alegre, centro nervoso do
nosso Estado, uma questão de Prefeitos que sonham mais...! Esta é uma posição
minha, e acho que ela não é boa, posso estar equivocado, mas devo dizer o que
penso, pois acredito que contribuo com o debate em Porto Alegre e também no Rio
Grande do Sul. Parece-me que, nos últimos tempos, e lá se vão quase 30 anos, 20
anos ou mais, os Prefeitos de Porto Alegre fazem da Prefeitura a sua caminhada
de sonhos em direção ao Palácio Piratini. E isso, na minha modesta visão, não é
bom para a cidade de Porto Alegre, meu caro Ver. Pedro Ruas! O candidato, o
Prefeito de Porto Alegre precisa, deve e tem a responsabilidade de ser Prefeito
de Porto Alegre. E é claro, eu não quero interferir na alma, no pensamento de
ninguém, na visão pragmática de ninguém, mas eu acredito que Porto Alegre
precisa de Prefeito de Porto Alegre! É assim que eu penso. Esta de “estar” Prefeito de Porto Alegre para sonhar,
com uma facilidade enorme, em sair de Porto Alegre para ser Governador de
Estado, meu caro Ver. Pedro Ruas, é diminuir demais a sagrada função de
Prefeito de Porto Alegre, Ver. Toni Proença. É por isso que eu compreendo que
as candidaturas, quaisquer que sejam, têm que compreender a grandiosidade que é
a Prefeitura de Porto Alegre, a Capital do Estado do Rio Grande do Sul, a sua
gente, o seu povo! Há que se respeitar aquilo que o povo de Porto Alegre definiu,
que é a escolha para Prefeito de Porto Alegre.
Se assim nós andarmos, teremos condições de
compreender a grandeza que é a Governança do Estado do Rio Grande do Sul, mas
não é menos relevante e menor a responsabilidade do que ser Prefeito da cidade de
Porto Alegre. Daí o porquê de eu não poder deixar de aproveitar estes meus
cinco minutos na tarde de hoje, até porque as manifestações começaram a tratar
do tema. Gostaria de dizer, Ver. Pedro Ruas, que falar nessas questões também é
falar sobre Porto Alegre, a sua gente, a sua história, Ver. Nilo Santos; é
falar na Administração Pública da Capital do povo gaúcho. Era isso, obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Registro a presença do
Deputado Estadual e Presidente do Partido Trabalhista Brasileiro, Sr. Luis
Augusto Lara. Convido o Deputado a fazer parte da Mesa. (Palmas.)
Também registro a presença do nosso Ver.
Campeão, que foi Presidente da Câmara de Vereadores de Guaíba. Seja bem-vindo,
Campeão. (Palmas.)
O
SR. PEDRO RUAS (Questão de Ordem): Presidente, é o primeiro
dia em que exerço a Liderança de oposição na Casa, mas antes quero aproveitar e
saudar, também, em nome da oposição, a presença do Deputado Lara e do Ver.
Campeão entre nós, o que é uma honra, assim como V. Exª já definiu.
A Questão de Ordem é a seguinte, peço a
atenção do nosso Diretor, porque a resposta não precisa ser imediata, mas é
importante: eu tenho o entendimento, pelo Regimento Interno, de que nós temos
uma definição de conteúdo em cada tempo de tribuna. A Pauta, obviamente, é
limitada aos projetos em Pauta; a Liderança é uma visão do Partido, enfim. O
tempo de Liderança de Governo e de oposição - por isso faço, já no primeiro
dia, esta consulta como Questão de Ordem; repito que não precisa ser dada agora
a resposta -, no meu entendimento, só pode tratar de temas da cidade de Porto
Alegre. E digo isso porque é normal e natural que os tempos de Liderança do
PSOL e de vários outros Partidos, como foi feito até agora, tratem de outros
temas; tratem, inclusive, naturalmente, corretamente, de eleição presidencial,
de eleição estadual. Mas não no tempo de Liderança, de Governo, e não no tempo
de Liderança, de oposição! Eu tenho este entendimento pelas questões
regimentais. Na verdade, nos mandatos anteriores, Diretor Luiz Afonso, não
havia o tempo de Liderança de Governo e de oposição. Por isso, faço esta
Questão de Ordem, para ter uma resposta que balize o comportamento deste
Vereador na Liderança, de oposição, a partir de hoje, e que possa também, a
partir daí, cobrar o mesmo comportamento da Liderança, de Governo.
Concluo aqui, e peço a gentileza - não
precisa ser hoje - de ter essa resposta. Obrigado, Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, Ver. Pedro
Ruas. Registro sua Questão de Ordem. V. Exª tem toda razão. Nós faremos essa
consulta e traremos a resposta na próxima Sessão.
O Ver. Nilo Santos está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O
SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhores e senhoras que nos acompanham, uma
saudação especial ao nosso Deputado Lara - pré-candidato ao Governo do Estado
pelo PTB -, esta parece-me ser a tarde dos lançamentos, Ver. Oliboni e Ver.
Pedro Ruas.
É uma honra poder receber aqui, nesta tarde,
representando os Vereadores do PTB, nesta tribuna - Ver. Brasinha, Ver.
Marcello Chiodo, Ver. DJ Cassiá, o próprio Ver. Tessaro -, o nosso Deputado
Luis Augusto Lara, até porque o PTB - assim como o seu Partido, Ver. Oliboni, o
seu Partido, Ver. Pedro Ruas, e todos os Partidos deste Estado - se prepara
também para essa grande disputa, e nós nos sentimos preparados para essa
batalha. Pelo discurso do Ver. Oliboni, o pré-candidato Tarso Genro sente-se
preparado. O Ver. Pedro Ruas é um homem preparado para essa disputa! O próprio
Prefeito Fogaça, Ver. Pancinha - e hoje o senhor é o porta-voz dele aqui, claro
- é um homem também preparado. O PTB também sente-se preparado para essa grande
disputa, e o Deputado Luis Augusto Lara é o nosso pré-candidato. O nome dele
deixa de ser lançado apenas pelo nosso Partido, mas é lançado pelo próprio
Estado também - as pesquisas estão apontando isso. Então, poder recebê-lo nesta
Casa é uma honra, assim como receber o nosso Ver. Campeão, que representa a
nossa querida cidade vizinha, Guaíba. E nós vamos, firmes e fortes, Ver. DJ
Cassiá, porque o PTB sente também que tem o compromisso de oferecer um nome
para este Estado - o PTB tem esse compromisso -, e por isso estamos
apresentando um pré-candidato.
Quero agradecer aqui, desta tribuna, aos
Vereadores que têm demonstrado o seu carinho e o seu respeito pelo nosso
Deputado. Muitos Vereadores têm manifestado respeito, carinho, e muitos,
inclusive, têm declarado que a sua juventude vai fazer a diferença neste
Estado. É justo que cada cidadão que queira, que tenha o apoio, que conte com o
prestígio do seu Partido, possa apresentar o seu nome, sim, para uma
pré-candidatura. É justo! E o PTB está apresentando, Ver. Ervino Besson, não
para dividir; o PTB vem para oferecer a sua força, vem para oferecer a sua
dignidade a este Estado. Hoje à tarde estamos percebendo a grande mobilização
do Partido dos Trabalhadores, que foi recepcionar o pré-candidato Tarso Genro,
lá no Aeroporto. Isso é bonito de ver, assim como ver os nossos Vereadores
prestigiando a visita do nosso Deputado Lara, aqui na Câmara. Algumas pessoas
acham que há muita gente disputando, que tem que deixar sempre para A e B, que
não pode entrar o C, não pode entrar o D, Ver. Ervino Besson. Há vaga, sim,
para entrar o candidato C, o candidato D, o pré-candidato E! Há vaga para
todos, há espaço para todos! Por isso, nesta tarde, nós queremos - a Bancada do
PTB desta Casa -, oficialmente, declarar desta tribuna que nós temos
pré-candidato ao Governo do Estado. O PTB vai correr essa carreira, sim; vai
correr, porque nós temos força e temos fôlego para isso. Vai correr, porque nós
temos militância para isso. Até para deixar bem claro desta tribuna: nós não
somos, como talvez alguns entendam por aí, simples empurradores de caminhão ou
simples carregadores de bandeira nas costas; nós somos uma militância que entra
na vila, nós somos uma militância que entra na classe mais alta desta Cidade!
Nós somos uma militância aberta, sorridente - e em todas as campanhas os
senhores de outros Partidos têm percebido isso -; a militância do PTB, quando
vai para as ruas, é uma militância que leva a bandeira, mas leva também o
sorriso, leva a sua força, leva a sua juventude para as ruas de Porto Alegre. E
nós queremos oferecer, para o próximo pleito estadual, essa força, essa
vitalidade que o nosso Partido tem.
O Ver. Pedro Ruas se apresenta como uma cara
nova para este Estado, e nós estamos também apresentando a cara do PTB. E a
cara do PTB, hoje, é o nosso Deputado Lara. E queremos aproveitar este espaço
exatamente para isto, e para deixar bem claro: o PTB está, sim, com um
pré-candidato - o pré-candidato ao Governo do Estado pelo PTB é o Deputado
Lara. O PTB entra com o Deputado Lara, entra com a vitalidade, entra com a
dignidade, com a sua força e com a sua experiência também para emprestar ao Rio
Grande.
Obrigado pela atenção. Que Deus nos abençoe
nessas eleições! Que abençoe o PT, abençoe todos os candidatos, e abençoe
também o nosso Deputado Lara, porque o Rio Grande vai ganhar com essa disputa
honesta e digna. Obrigado, senhoras e senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luciano
Marcantônio está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Deputado
Lara, pré-candidato a Governador, tenho convicção do seu preparo e da correta
opção que o PTB está fazendo em colocá-lo à frente dessa caminhada, visando à
eleição de Governador. O PTB tem na sua liderança um político extremamente
comprometido com a inclusão social e pelo qual eu tenho o maior respeito, que é
o Senador Sérgio Zambiasi. Então, fica aqui o meu registro ao Deputado Lara,
desejando-lhe muito sucesso. Eu sei da sua capacidade e condições de governar
este Estado.
O
Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Estimado colega Vereador, desde já, eu agradeço pelo aparte. Eu também
quero dar o meu abraço muito fraterno, muito carinhoso ao Deputado Lara, que
exerceu, como Secretário de Turismo, um excelente trabalho. Nós tivemos alguns
contatos com ele e sempre tivemos um cordial atendimento por parte do Deputado
Lara. Portanto, fica aqui o meu reconhecimento, o meu abraço ao querido
Deputado e desejo que Deus também ilumine a tua caminhada. Muito obrigado,
Vereador.
O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Muito
obrigado, Ver. Ervino.
Eu
quero ressaltar a importância do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
011/09, que altera o caput do art.
5º, o inc. II do art. 7º e o parágrafo único do art. 15 da Lei Complementar nº
580, de 12 de novembro de 2007, que cria o Conselho Municipal dos Direitos das
Pessoas com Deficiência de Porto Alegre, estabelecendo a maioria dos membros da
sociedade civil organizada na composição do Conselho e alterando o quórum para
a aprovação do Regimento do Conselho. Vou procurar o Conselho Municipal no
sentido de encaminhar aquilo que eu venho constantemente debatendo aqui na
Câmara, que é a importância de nós liderarmos um movimento visando à alteração
da lei do Benefício de Progressão Continuada, o BPC, que é pago pelo Ministério
da Previdência às famílias que possuem um membro com deficiência e que sejam de
baixa renda. É importantíssimo que nós comecemos a debater esse tema, porque é
exatamente o BPC, da forma como ele está aprovado e redigido na lei, que impede
a aplicação da lei de quotas, que sejam ocupadas, sejam preenchidas pelas
pessoas com deficiência. Então, aquilo que é importante para aproximadamente
15% da população de Porto Alegre, que são pessoas com deficiência - e grande
parcela desses 15% podem, sim, ocupar vagas de trabalho e ter a sua própria
renda com seu trabalho, ou seja, ter garantida a sua dignidade -, é exatamente
o BPC, que, muitas vezes, emperra, impede que esse cidadão, que se torna apto a
trabalhar, busque a sua vaga de trabalho, ou um cidadão com deficiência, que é
apto ao trabalho, mas, por equívoco do Ministério da Previdência, recebe o BPC.
E são muitos os casos. E depois não querem abrir mão do BPC, porque no momento
em que passam a desenvolver uma atividade laboral, eles não voltam a receber o BPC.
Então, nós temos que olhar com atenção a redação da lei do BPC, temos que
alterá-la, e isso é uma questão que envolve a Câmara dos Deputados - e quero
saudar aqui a presença do meu amigo Názaro Borges -, nós temos que tratar desse
assunto na Câmara de Deputados para alterar essa Lei do BPC, para que a Lei de
quotas possa ser preenchida e nós tenhamos grande parcela dessa população
excluída, com deficiência - seja ela intelectual, motora, auditiva -
produzindo, pois essas pessoas podem produzir; que não tenham medo de abrir mão
do BPC e que também não aceitem esse assistencialismo do BPC. Então, não só
alterar a Lei do BPC na Câmara, mas também fazer todo um trabalho de
conscientização da população de Porto Alegre com deficiência, para que não se
submetam, não se acomodem, não se satisfaçam com um salário-mínimo se podem
trabalhar e ganhar muito mais.
O
Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Luciano Marcantônio, ouço com atenção o pronunciamento de V. Exª,
que, na verdade, é uma sequência de seu pronunciamento anterior, com relação
aos portadores de deficiência, quando dizia - e até elogiava o jornal Correio
do Povo, lembro bem -, no que tange à sua campanha para o aproveitamento de
pessoas com deficiência como trabalhadores daquela empresa. Preocupa-me, e V.
Exª traz um tema da maior relevância, que nós possamos, de alguma forma, levar,
em conjunto, e quero me associar ao seu pronunciamento, pois muitas vezes é a
Previdência, talvez na melhor das intenções, que impede que a dignidade efetiva
do ser humano seja concretizada através da sobrevivência pelo esforço próprio.
Acho que é interessante, é importante, e esta Câmara poderia ter até mesmo uma
Comissão Especial que analisasse essa questão para Porto Alegre. E se V. Exª
encaminhar algo nesse sentido, conte, desde logo, com o nosso apoio.
O
SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Muito obrigado, Ver. Pedro Ruas; agradeço
muito pelo seu apoio. Para concluir, quero agradecer ao jornalista Flávio
Pereira, que hoje na sua coluna do jornal O Sul colocou exatamente este meu
ponto de vista, solidarizando-se com a nossa causa. Com certeza, Ver. Pedro
Ruas, vamos conversar, porque achei o seu posicionamento de muita importância
para esse processo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Queria cumprimentar e
saudar a presença do Secretário Municipal de Turismo, Luiz Fernando Moraes.
Seja bem-vindo a esta Casa.
Passo a direção da Mesa ao Ver. Mario
Manfro, para que eu possa acompanhar o Deputado Luis Augusto Lara, Presidente
do nosso Partido, até uma reunião.
(O Ver. Mario Manfro reassume a presidência
dos trabalhos.)
O
SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, antes de o senhor se retirar, eu gostaria de fazer um
registro: dizer ao nosso Deputado Lara, pré-candidato ao Governo, que eu vejo
com bons olhos essa pré-candidatura, e que vai enriquecer o nosso Estado, o
debate, a discussão. A sua juventude, a sua bagagem e a experiência que ele tem
vão contribuir muito no processo eleitoral aqui para o nosso Rio Grande.
Obrigado.
O
SR. AIRTO FERRONATO: Também quero, em nome do PSB, meu caro
Deputado, trazer um abraço e dizer da importância que é ter a presença de V.
Exª aqui na Casa, na nossa Câmara Municipal de Porto Alegre, pela participação
de V. Exª enquanto homem público; e dizer da importância e do carinho todo
especial que nós temos pela sua atuação enquanto Deputado Estadual,
e pela importância que é um homem jovem construindo uma história política
belíssima. Um abraço.
O
SR. JOÃO PANCINHA: Presidente, eu também não poderia me furtar
de saudar a presença do Deputado Lara, e desejar a ele uma trajetória especial.
Como Líder do PMDB, saúdo a sua presença aqui, e, certamente, teremos grandes
debates, mas sempre em prol do Rio Grande.
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Feitos os registros, eu
gostaria de agradecer a presença do Deputado Lara. O nosso Líder do PSDB, Ver.
Luiz Braz, não está presente, mas eu, em nome dele e da Bancada, saúdo a sua
presença, com a qual a Casa se sente honrada.
Convido o Secretário Municipal de Turismo,
Luiz Fernando Moraes, para compor a Mesa.
Apregoo a composição da Comissão de Defesa
do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana - Presidente: Ver. DJ
Cassiá; Vice-Presidente: Ver. Adeli Sell; demais integrantes: Ver. Ervino
Besson, Ver. Marcello Chiodo, Ver. Sebastião Melo e Ver. Toni Proença.
Apregoo a Emenda de Liderança nº 09 ao PLL
nº 185/09, de autoria do Ver. João Antonio Dib.
O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente, Ver. Mario Manfro; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; ilustre visitante, Sr. Secretário do Turismo de
Porto Alegre, Luiz Fernando Moraes, que veio a esta Casa agradecer aos
Vereadores a aprovação do marco regulatório do Turismo Aquaviário em Porto
Alegre, uma necessidade de muitos anos, tanto é que, inclusive, foi uma
solicitação do Ministério Público, que intermediou uma demanda da Associação
dos Transportadores Náuticos do Rio Grande do Sul, para que fosse regulado o
turismo aquaviário na nossa Cidade.
Ilustre Luiz Fernando, esta Casa teve a
honra de aprovar este Projeto, e agora V. Exª tem toda a responsabilidade de
regular todo o Turismo Aquaviário em Porto Alegre.
O Ver. Besson e o Ver. Dr. Raul pedem-me que
eu fale também em nome dos seus Partidos, para lhe agradecer o imenso trabalho
que V. Exª tem feito pela nossa Cidade. Aqui está uma relação volumosa dos
assuntos tratados pela Secretaria de Turismo no ano de 2009. É um dossiê
importante, um Relatório sobre onde Porto Alegre foi citada na imprensa do Rio
Grande do Sul, do Brasil e do mundo, porque Porto Alegre participou de vários
congressos nacionais e internacionais. Então, o nome de Porto Alegre já está
sendo levado para longe. Eu quero ressaltar um detalhe: Porto Alegre é a primeira
Capital que apresentou ao Prodetur uma carta-consulta, Ver. Dr. Raul, de 73
milhões de reais, para serem investidos no Turismo de Porto Alegre. Claro que o
Ministério ainda não deu a resposta, mas, vejam, se vier esse dinheiro, vamos
dar um grande salto no Turismo da nossa Capital. Os Caminhos Rurais foram
devidamente sinalizados, e precisamos prestigiar mais esse nosso turismo rural,
do qual o Ver. Besson é o encarregado. O turismo religioso está a meu cargo;
estamos em andamento.
A Frente Parlamentar do Turismo de que V. Exas
participam, a Frentur, com uma totalidade de 28 Vereadores, ganhou o Prêmio
Destaque Político em Turismo de 2009. A Câmara esteve lá para receber esse
Prêmio.
Estamos articulando, sempre junto com a
comunidade, e especialmente tendo sempre à frente a Secretaria de Turismo, para
transformar Ipanema numa grande atração turística da nossa Cidade, e, para
isso, estamos valorizando a praia, valorizando o seu comércio. Já está em fase
final de projeto, e, em breve, será executado um trapiche na nossa praia de
Ipanema.
Estamos tentando, junto ao Governo do
Estado, a seção da Ilha da Casa da Pólvora, essa ilha que fica bem defronte ao
nosso Cais Mauá. É uma beleza essa ilha, e, de lá, talvez tenhamos a mais bela
paisagem de Porto Alegre, porque é de lá que se vê Porto Alegre! Pois, nessa
ilha, há uma casa histórica - está até muito bonita -, que tem um trapiche, um
belo trapiche, e ela está fechada! Fomos visitar, e não pudemos entrar na casa
da Ilha da Pólvora! Então, estamos pleiteando - a Secretaria, com o apoio da
Frentur - que essa Ilha, que é de responsabilidade do Estado do Rio Grande do
Sul, passe para a responsabilidade da Prefeitura de Porto Alegre, e, junto com
a Secretaria de Turismo, tentaremos incentivar o Turismo.
Nós temos muito a fazer em Porto Alegre,
Ver. Besson! Por exemplo, na Ilha da Pintada, temos que fortalecer o comércio
daquele peixe na taquara; temos tanta coisa! E hoje, a Câmara realmente teve um
momento importante para o nosso Turismo, aprovando o Projeto do marco
regulatório do Turismo Aquaviário. Nós agora podemos regulamentar todo esse
turismo náutico que temos no nosso lago Guaíba.
Sr. Presidente, quero cumprimentar e
agradecer a esta Casa por ter aprovado esse Projeto e agradecer ao Luiz
Fernando Moraes pelo seu imenso trabalho em prol do Turismo de Porto Alegre,
porque está na hora de pararmos de dizer que Porto Alegre tem vocação
turística: nós temos que transformar essa vocação em realidade, e tenho certeza
de que, com o Luiz Fernando Moraes lá na Secretaria, essa realidade vai
acontecer em breve. Meus parabéns, Sr. Secretário. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às
16h50min.)
* * * * *